Prefeitura cria condições para que as famílias formem cooperativas, trabalhem e gerem renda, para que no futuro não dependam dos recursos do Programa
A Secretaria de Assistência Social de Votuporanga está realizando um trabalho de inclusão social de produtividade, junto às famílias cadastradas no Programa Bolsa Família, do Governo Federal. Com recursos do IGD (Índice de Gestão Descentralizada), 132 famílias estão recebendo orientações e sendo preparados para gerarem sua própria renda.
O objetivo, conforme explica uma das psicólogas responsáveis pela ação, Talita da Silva Contreiras, é dar condições para que essas pessoas trabalhem e gerem renda, para que no futuro não dependam dos recursos do Bolsa Família. “Se um dia a transferência de recursos, as famílias já terão a sua própria renda”, afirma.
Desde o ano passado, as 132 famílias participam de reuniões semanais que visam capacitá-las para atuarem no mercado de trabalho. Em Votuporanga, foram montados três grupos, que abrangem as regiões do Cras (Centro de Referencia da Assistência Social) Sul, do Cras Norte e do Conjunto Habitacional “Sonho Meu”.
No Cras Sul as reuniões são realizadas todas as segundas-feiras e possui o maior grupo cadastrado, com 47 famílias. Nas terças-feiras, as reuniões são para 43 famílias no Cras Norte, enquanto às quartas-feiras se reúnem 42 moradores do “Sonho Meu”, na Associação Beneficente “Caminho de Damasco”. Os encontros são sempre das 19h30 às 21h30, sendo que há folga desta seqüência uma vez por mês.
Conforme explica Talita, durante as reuniões são discutidas a formação de cooperativas de trabalho, para que as famílias trabalhem em seu próprio negócio e, consequentemente, gerem renda. Estão definidas a criação de quatro cooperativas, sendo uma panificadora, uma horta, uma de produtos de limpeza e outra para reciclagem.
As famílias serão divididas nas quatro opções e já recebem capacitação para atuarem. Segundo Talita, são desenvolvidas aulas sobre as leis que regem uma cooperativa, sobre comportamento, ética, higiene, segurança, entre outras. “Enfim, tratamos de temas sobre o cooperativismo. Dessa maneira, as pessoas conseguirão gerar a sua própria renda”, diz.
A turma concluirá o trabalho em julho e, após esse período, começarão a trabalhar nas cooperativas para que, efetivamente, gerem renda. Talita explica que, após esse grupo, a meta é criar novas turmas e capacita-las da mesma forma, atingindo todos os cadastrados no Programa “Bolsa Família”.
Para desenvolver a ação, IGD repassa cerca de R$ 4,5 mil mensalmente ao município. Os recursos, obrigatoriamente, devem ser utilizados para melhorar os processos de acompanhamento das famílias, com a capacitação profissional e a geração de trabalho e renda como é feita em Votuporanga.
Segundo o secretário de Assistência Social, Egmar Marão Alfagalli, a iniciativa de se criar cooperativas é do município, junto com o Fundo Social de Solidariedade. “Estamos indo além do que é proposto pelo Governo Federal. Estamos criando condições para que eles trabalhem para si”, afirma.
O trabalho, como explica Alfagalli, é a longo prazo, mas uma excelente iniciativa para aumentar a renda das famílias cadastradas no Programa. “Estamos tentando e acreditamos no sucesso futuro desse projeto”, diz.
