domingo, 24 de novembro de 2024
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Bebê tem parte do dedo amputada após corte na hora de tirar atadura

Uma bebê de 1 ano e 7 meses acabou com parte do dedo mindinho direito amputada por causa de um erro na hora de tirar uma atadura. A amputação nada…

Uma bebê de 1 ano e 7 meses acabou com parte do dedo mindinho direito amputada por causa de um erro na hora de tirar uma atadura. A amputação nada teve a ver com a internação: Lara de Souza deu entrada no Pronto-Socorro de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, com uma inflamação na testa.

A família acusa a unidade de imperícia. A prefeitura disse lamentar “o ocorrido” (leia mais abaixo).

A menina foi picada por um inseto na face, acima dos olhos, e a ferida acabou inflamando. A família a levou para a Pediatria do Pronto Socorro, onde os médicos prescreveram antibiótico e soro na veia e recomendaram enfaixar as mãos para que Lara não removesse o acesso.

Segundo os pais, na última terça-feira (14) uma enfermeira foi tirar as ataduras de Lara com uma tesoura, mas, ao rasgar o curativo, acabou cortando parte do dedo mindinho direito da criança. A mãe notou o sangramento, mas não percebeu a gravidade.

A menina foi levada às pressas ao centro cirúrgico, de onde saiu com a ponta do dedo amputada. Só nesse momento a família soube do incidente.

“Perdeu a unha, e agora ela é uma criança amputada”, disse Adriana dos Santos, avó de Lara.

‘Ela já tem um trauma’
A avó disse que Lara está bastante assustada. “Quando alguém que não seja um familiar chega, ela já joga a mãozinha para o lado e começa a gritar: ‘Dedo, dedo, dedo!’. Ela já tem um trauma”, descreveu.

“Agora imagino a dor que essa criança sentiu de ter amputado sem anestesia, sem nada, um dedo com a tesoura.”
Segundo Adriana, a direção disse que foi “uma fatalidade”. “‘A gente aqui só pode cuidar agora dos pontos’”, citou a avó. “‘A senhora que procure o seu direito’”, emendou.

“A gente quer justiça, mas, quando a gente passa por uma situação dessa, a gente nem sabe o que está falando, porque o dedo não vai voltar para o lugar”, disse.

Os pais chamaram a PM, que os orientou a registrar o caso na 72ª DP (São Gonçalo). Os militares disseram, no entanto, que seria necessário obter uma cópia do boletim médico para anexar ao inquérito. Como a menina ainda está internada, os parentes aguardam a alta para receber o documento.

O que dizem as autoridades
A Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil de São Gonçalo disse, em nota, que “lamenta o ocorrido” e informou que “a criança está estável e sendo avaliada por equipe multidisciplinar diariamente”. “O Pronto-Socorro Infantil está prestando todo suporte neste momento.”

“A profissional, uma técnica de enfermagem concursada há 20 anos no município, foi imediatamente afastada até a conclusão da sindicância que foi aberta para apuração do caso”, emendou.

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