sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Base articula denúncia contra Gomes no Conselho de Ética

O presidente da CEV/Empro (Comissão Especial de Vereadores) que investigou supostas irregularidades na Empro (Empresa Municipal de Processamento de Dados) Pedro Roberto Gomes (Psol) recuou e admite que consultores são…

O presidente da CEV/Empro (Comissão Especial de Vereadores) que investigou supostas irregularidades na Empro (Empresa Municipal de Processamento de Dados) Pedro Roberto Gomes (Psol) recuou e admite que consultores são os culpados “por algo errado que tenham cometido”. Mesmo assim, ele poderá ser levado ao Conselho de Ética da Câmara, acusado de usar documento fraudado no relatório final das investigações. O documento seria o orçamento conseguido por seus consultores de forma ilegal.

A base aliada do governo articula a elaboração de documento pedindo a abertura de processo disciplinar no Conselho, alegando que Pedro Gomes aceitou a inclusão do orçamento no relatório, mesmo sendo uma cópia e não o original, além de ser um documento “fraudado”, segundo denúncia da empresa Taleron Sistemas Ltda de Campinas.

Um alto membro do governo garantiu, nessa quinta-feira, que se o processo for aberto no Conselho de Ética da Câmara, “o Pedro Gomes terá grande dificuldade para se defender, já que juntou um documento sabidamente fraudado”. O Rio Preto News apurou ontem à noite, que se o caso for para decisão do plenário, Pedro Gomes correria o risco de perder seu mandato.

Gomes vinha defendendo com veemência o fato de os consultores da CEV terem usado nomes de empresas para busca de orçamentos que serviriam para provar que houve superfaturamento na Empro, para a compra de serviços com fornecimento de equipamentos para o Datacenter.

Contratados para dar consultoria á CEV/Empro, os consultores de informática Marcos Raymundo, Lucio Ribeiro e Basílio José de Almeida Neto usaram nomes de pelo menos três empresas, para conseguir orçamentos que indicariam superfaturamento na compra de serviços com fornecimento de equipamentos pela Empro. O consultor Basílio neto confessou que usou o nome do Colégio Seta para “provar” a denúncia contra a direção da Empro.

Em nota à imprensa, o Seta negou que tivesse feito pedido de qualquer orçamento à empresa Taleron Sistemas. Segundo a empresa, o orçamento foi feito com base em informações para a montagem de uma rede corporativa no Seta. Alguns itens do edital de licitação da Empro foram relacionados no pedido feito por Neto.

Em debate na Rádio Metrópole AM, ontem, a presidente da Empro Susélide Tenani chamou a CEV de “palanque para promoção dos parlamentares”. Ela reclamou da divulgação antecipada de informações sobre suposto superfaturamento. Para Susélide, as denúncias não ficaram comprovadas, “e não houve superfaturamento mesmo”, reafirmou.

O vereador Pedro Roberto Gomes disse que Susélide não explicou o pagamento de horas trabalhadas por funcionários terceirizados. A presidente da empresa prometeu enviar as planilhas para a Câmara.

Originais
Sobre os documentos originais da consultoria de informática, o presidente da CEV, Pedro Roberto Gomes garantiu que já determinou que os consultores entreguem toda a documentação levantada por eles.

Gomes e os consultores se reuniram na tarde de ontem, mas não definiram nada sobre a linha de defesa que deverão usar para explicar o uso do CNPJ e nome das empresas pelas quais pediram os orçamentos, além da adulteração do orçamento que foi juntado ao relatório final da CEV.

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