A falta de sangue nos principais hemocentros do país já começa a preocupar as autoridades de saúde. Os bancos de sangue estão fazendo campanhas em busca de doadores.
As cartas com pedidos de ajuda vão levar esperança para o maior hemocentro de Minas Gerais.
Os funcionários também passam parte do dia ao telefone em busca de mais voluntários. “Muitas vezes da vida de um paciente depende da doação de sangue e a gente gostaria de contar com a sua colaboração”, afirma um funcionário.
É uma situação típica de época de férias: o número de doadores cai, enquanto as transfusões nos hospitais de emergência aumentam bastante por causa dos acidentes. Muitos bancos de sangue já entraram em alerta.
A meta da Fundação Pró-Sangue de São Paulo, para esse mês, era obter 450 bolsas de sangue por dia. Tem conseguido pouco mais de 300.
No Rio de Janeiro, o estoque é considerado crítico. Por isso, o Hemorio planeja antecipar a campanha de doações da época de Carnaval.
Na capital mineira, o apelo é principalmente para pessoas conhecidas como doadoras universais, que tem sangue do tipo O negativo, porque o estoque teve queda de 60%.
“Às vezes chega o paciente acidentado, não dá tempo, a gente não tem tempo de esperar o sangue compatível para que ele seja levado ao bloco cirúrgico. Então, o estoque de O negativo é muito importante que esteja adequado”, afirma o coordenador de emergência Sílvio Grandinetti Júnior.
“Não existe substituto para o sangue, é o único remédio para determinadas situações. Simples de doar, basta ter boa saúde, estar bem alimentado, não ter ingerido bebida alcoólica nas últimas 12 horas e ter boa vontade de ajudar a população”, afirma o diretor do Hemominas Fernando Basques.
Juliana da Silva Vaqueiro só pensa em uma coisa: “Que uma pessoa pode ter vida através dessa doação de sangue, e eu fico muito feliz com isso”, afirma a técnica de laboratório.