Os problemas por lesão no elenco do Santos ficaram expostos quando a lista com a escalação e os suplentes do Santos para o duelo com o Vitória, no último domingo, foi revelada.
Afinal, embora pudesse relacionar 12 jogadores para o banco de reservas, o técnico Jair Ventura deixou apenas nove atletas no banco de reservas, sendo apenas um atacante.
Para o compromisso com o Vitória, vencido por 5 a 2, Jair Ventura não teve oito jogadores à disposição, sendo sete por problemas físicos. A situação se tornou ainda pior porque três deles ficaram de fora do duelo de última hora. Foram os casos do lateral Daniel Guedes, com conjuntivite, e dos atacantes Bruno Henrique, com dores na bacia devido ao trauma na trave, sofrido contra o Cruzeiro, e Yuri Alberto, com luxação no ombro direito sofrido no treino de sexta-feira.
Esses três desfalques se juntaram a outros cinco. Jair já não contava com Arthur Gomes e Vitor Bueno, ambos com entorse no tornozelo, Alison, com entorse no joelho, e Vecchio, com dores no joelho, além de Diogo Vitor, suspenso após testar positivo em exame antidoping.
A ausência de diversas peças do setor ofensivo levaram Jair a contar com apenas um atacante no banco: Copete. O colombiano, inclusive, entrou em campo no fim do segundo tempo, em substituição a Rodrygo, o grande destaque da partida ao marcar três gols.
Jair, inclusive, explicou que fez outras duas substituições no Santos para poupar jogadores desgastados, casos do zagueiro Lucas Veríssimo e do atacante Eduardo Sasha, trocados por Gustavo Henrique e Léo Cittadini, respectivamente.
“O Lucas e Sasha estava com o CK alto, então a gente segurou, em substituições mais em cima da fisiologia. E o nosso banco estava com menos três jogadores. São jogadores que fazem falta. Imagina o Arthur e o Bruno entrando descansados…”, disse, em entrevista coletiva, lamentando a falta de opções para o setor ofensivo santista.
O cenário de excesso de desfalques preocupa o Santos para o seu próximo compromisso, o duelo com o Corinthians, quarta-feira, no estádio do rival, pela décima rodada do Brasileirão. O clube trabalha na recuperação de jogadores, mas poucos devem estar à disposição do treinador.
Os problemas físicos de Vecchio e Bruno Henrique são os considerados menos graves. Além disso, a recuperação de Daniel Guedes da conjuntivite não deverá demorar, permitindo um retorno breve ao time.
Enquanto isso, Jair vai se virando com as poucas opções que possui. O caso mais claro é o volante Diego Pituca, que até o ano passado estava no time B do Santos. Com lesões no elenco, especialmente a de Alison, ele foi titular em seis dos últimos sete jogos do time. Antes dessa série, não havia começado nenhuma partida da equipe principal.
“Mais um grande jogo do Pituca, um jogador que eu pincei. Muitos técnicos me ligaram pedindo, eu segurei ele está sendo importantíssimo na ausência do Alison”, disse o treinador, elogiando o meio-campista.
Em nove rodadas do Brasileirão, esta foi a terceira vez que o Santos não levou 12 jogadores para o banco. Os outros foram os confrontos com Paraná (teve 11 reservas) e Cruzeiro (contou com nove). A situação também aconteceu em duelos com São Bento (nove) e Ponte Preta (11) pelo Campeonato Paulista e no segundo confronto com o Luverdense (nove) pela Copa do Brasil. Vale lembrar, porém, que o time poupou os titulares diante de São Bento e Luverdense.