O saldo da balança comercial do agronegócio paulista manteve o bom desempenho registrado durante todo o ano passado. Em janeiro de 2024, as exportações de produtos agrícolas do Estado de São Paulo somaram US$ 2,22 bilhões, mais de 18% do que o registrado no mesmo mês do ano passado. Já as importações totalizaram US$ 490 milhões (+11,4%).
Com esses resultados, a balança comercial do agro paulista obteve um superávit de US$ 1,73 bilhão, 20,1% superior em relação a janeiro de 2023. Os dados foram divulgados pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
A participação das exportações do agronegócio paulista no total do estado em janeiro de 2024 foi de 42,4%, enquanto a participação das importações setoriais foi de 8,1%.
Os cinco principais grupos nas exportações do agronegócio paulista em janeiro de 2024 foram: complexo sucroalcooleiro (US$ 935,49 milhões, sendo que desse total o açúcar representou 92,8% e o álcool etílico – etanol, 7,2%), setor de carnes (US$ 249,72 milhões, em que a carne bovina respondeu por 84,4%), o grupo de sucos (US$ 241,55 milhões, dos quais 98,9% referentes a suco de laranja), produtos florestais (US$ 222,12 milhões, com participações de 49,1% de celulose e 43,5% de papel), o grupo dos demais produtos de origem vegetal (US$ 95,55 milhões, 60% de participação de óleos essências, principalmente de laranja). Esses cinco agregados representaram 78,7% das vendas externas setoriais paulistas. Já o grupo de café, tradicional nas exportações paulistas, aparece na sexta posição, com vendas de US$ 91,09 milhões (71,8% referentes ao café verde e 27,3% de café solúvel).
Desses grupos relevantes, o sucroalcooleiro é o que apresenta a maior participação (42,2%) nas exportações paulistas. No total, o grupo subiu 50,4% em valores e 36,1% em volumes, acompanhando o bom desempenho das vendas externas do açúcar (+76,3% em valores e +44,6% em volume), principal produto do grupo, com valorizações nos preços médios dessas commodities de 22,1% para açúcar em bruto e 16,3% para o refinado. Os principais destinos desse grupo são: Índia (11,4%), China (11%), Marrocos (8,3%), Indonésia (7,1%), Iraque (6,9%), Emirados Árabes Unidos (6,8%), Nigéria (6,4%), Argélia (5,9%) e Arábia Saudita (5,5%).
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