A coisa não está fácil no Rio de Janeiro, todos estão cansados de saber. Dessa vez, porém, a notícia não é uma tragédia em si. É parte de uma tragédia termos pessoas vivendo sob o medo de uma bala perdida.
Diante disso, a notícia é quase um alívio. Em uma lanchonete no bairro Fonseca, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, um pão de hambúrguer entrou para as estatísticas de violência.
Por volta de 2h da manhã de domingo, uma funcionária da lanchonete Gigabyte pega um pão de hambúrguer para preparar um sanduíche, como fez repetidas vezes naquela noite. Dessa vez, uma bala caiu em seus pés. Passado o choque inicial, percebeu que talvez fosse fruto de um tiroteio que havia acontecido próximo dali mais cedo, às 20h30 de sábado.
“A lanchonete costuma fechar 1h, mas estendemos o horário para atender clientes de última hora, no balcão. Quando fui pegar o pão para fazer o sanduíche, a bala que perfurou ele caiu no meu pé. Meu corpo tremeu todo, esquentou. Logo pensei que foi um livramento. A bala poderia ter atingido a mim ou a um dos meninos; mas em vez de pegar a cabeça de alguém, parou no pão. Os clientes ficaram chocados”, disse ao jornal Extra a funcionária em questão, Lory Fonseca.
Já que é quase impossível desejar que balas perdidas parem de voar pelo céu, que pelo menos elas encontrem apenas alimentos pela frente.