domingo, 24 de novembro de 2024
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Bala de canhão com mais de 100 anos é achada por acaso

Uma bala de canhão fabricada há mais de 100 anos foi encontrada em Guarujá, no litoral de São Paulo. O artefato histórico foi visto na na Fortaleza da Barra Grande,…

Uma bala de canhão fabricada há mais de 100 anos foi encontrada em Guarujá, no litoral de São Paulo. O artefato histórico foi visto na na Fortaleza da Barra Grande, em Santa Cruz dos Navegantes, por uma monitora que pintava as muralhas dos pavilhões. O objeto ficará em exposição na Fortaleza junto com outros artefatos encontrados na propriedade.

Segundo apurado pela reportagem, ela foi encontrada na última quinta-feira (1º). O objeto esférico é uma bala de canhão de alma lisa, um tipo de canhão usado no Brasil entre os séculos XVIII e XIX, como explica o arquiteto do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Victor Hugo Mori.

O arquiteto explica, ainda, que é necessário fazer uma análise da posição em que a bala foi encontrada, além de suas medidas e dimensões. “Não dá para saber a data exata do objeto. Ele é uma relíquia, um artefato de achado fortuito, que significa que foi encontrado acidentalmente, sem fazer parte de uma pesquisa”, explica.

Ele ainda ressalta que é previsto na lei que o objeto seja de posse da União e do Iphan, mas ficará em exposição na Fortaleza. O arquiteto explica que uma pesquisa mais aprofundada e a relação com outros objetos ajudaria a identificar a data em que ele foi fabricado. “Um objeto não conta uma história, mas a articulação com outros artefatos conta”, explica.

Para o arqueólogo Manuel Gonzalez, o objeto tem uma importância histórica. Ele diz que o objeto tem cerca de 100 anos, e que uma pesquisa aprofundada no local ajudaria a descobrir mais a respeito do artefato. “[O encontro do objeto] é um pontapé inicial para um trabalho arqueológico maior. No ponto de vista arqueológico é um achado muito importante.”, explica.

O especialista conta que uma pesquisa no local pode permitir que outros objetos sejam encontrados. “Podemos encontrar outros artefatos, cerâmicas, e encontrando esses materiais é possível datar. Após faze o registro e começarem as pesquisas conseguimos contextualizar”, relata.

Segundo a prefeitura, também foi realizada uma vistoria técnica feita pelo Estúdio Sarasá, em parceria com a Secult e o Iphan, para a confecção de um manual de conservação da Fortaleza. Eles explicam que o intuito é estabelecer quais os cuidados necessários que devem ser dados à fortificação para que ela se torne Patrimônio Mundial da Unesco, em uma votação que ocorrerá em 2022.

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