Vôo Gol 1907
O aviso em inglês da torre de controle de vôos de São José dos Campos, em São Paulo, aos pilotos do Legacy foi impreciso. Os pilotos americanos do jatinho interpretaram pela mensagem gravada na torre de controle que deveriam manter a altitude de 37 mil pés desde a decolagem até Manaus. A atitude foi tomada pelos comandantes do Legacy que ignoraram as orientações do plano de vôo. Esta foi uma das causas do acidente entre o avião da Gol e o Legacy, que vitimou 154 pessoas em setembro. O plano de vôo original previa que o jato voasse a 38 mil pés durante o cruzamento com o avião da Gol, que voava a 37 mil pés. Entretanto, o Legacy manteve a mesma altura da aeronave. O erro poderia ter sido corrigido durante a comunicação do jatinho com o controle de Brasília. Entretanto, a comunicação apresentou falhas. De acordo com o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos Bueno, os pilotos americanos deveriam ter seguido rigorosamente o plano de vôo depois da perda de comunicação com a torre em Brasília. Segundo a Aeronáutica, os pilotos americanos também deveriam ter registrado a falha no transponder, equipamento responsável por avisar precisamente sobre a localização do avião. O aparelho estava desligado e só voltou a funcionar em regime de emergência após a colisão. Já os advogados dos pilotos do Legacy apontam o erro da torre de Brasília em não ter alertado imediatamente ao Boeing de que havia algo errado. O comandante da Aeronáutica não confirmou as informações. Segundo ele, as caixas-pretas dos dois aviões ainda estão em análise.
De maneira alguma foi divulgada qualquer informação da caixa-preta do Legacy. Isso está sendo estudado pela Comissão de Investigação. Isso está sob sigilo de Justiça.
De acordo com o comandante, o responsável pela investigação da Aeronáutica voltou neste fim de semana do Canadá com a degravação da caixa-preta do Boeing. Entretanto, o erro na comunicação entre o controle de São José dos Campos e o jato foi apontado pelas gravações da própria torre de controle. Após o acidente, o controlador de vôo, que auxiliou na decolagem do jato, pediu afastamento do cargo.
