Depois de ter a prisão temporária decretada, no fim de semana, uma enfermeira que trabalhava com a médica suspeita de matar pacientes se entregou nesta segunda-feira (25) à polícia em Curitiba.A enfermeira chegou à delegacia de carro, acompanhada do advogado.
A funcionária, que não teve o nome revelado pela polícia, fazia parte da equipe da médica Virgínia Soares de Souza, que está presa desde a última terça-feira (19) por suspeita de matar pacientes da UTI-geral do Hospital Evangélico de Curitiba.
Outros três médicos também estão presos.
Ana Luiza Felichen quer que morte da mãe dela seja investigada.
Em setembro do ano passado, Maria Felichen, de 51 anos, fez uma cirurgia e ficou uma semana na UTI. Mesmo sem experiência na área médica, Ana Luiza diz que na última visita que fez, conseguiu notar que a mãe estava sem o aparelho respirador. “Eu só fazia visita no horário do almoço e quando eu fui fazer visita à noite ela estava sem o aparelho de oxigênio”, contou.
“As pessoas falecidas naquela UTI entraram em óbito por causas naturais”, disse Elias Assad, advogado da médica.
Nesta segunda, a direção do hospital falou pela primeira vez sobre o caso. Defendeu a então chefe da UTI-geral e criticou a investigação.
“A doutora Virgínia é uma senhora que não tem antecedentes criminais, não oferece risco, não é uma gângster, é uma pessoa que está sendo acusada e até o momento nada provado contra ela”, afirma o diretor técnico do hospital, Luiz Felipe Mendes.
Nesta segunda a direção do hospital evangélico informou que desde o fim de semana a UTI geral está fechada. Os funcionários que trabalhavam lá estão em outros departamentos. Uma nova equipe vai ser contratada. Os pacientes que estavam internados no setor tiveram alta ou foram transferidos para outras UTIs do hospital.