quinta, 21 de novembro de 2024
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Autoridades agredidas. E o povo?

A “agressão” que teria sofrido o ministro do STF, Alexandre de Moraes, com sua família, em Roma (Itália), no dia 14 deste mês, não é fato isolado. E não deve…

A “agressão” que teria sofrido o ministro do STF, Alexandre de Moraes, com sua família, em Roma (Itália), no dia 14 deste mês, não é fato isolado. E não deve ser o último do tipo ainda por um bom tempo no Brasil. Colegas de tribunal dele, como Ricardo Lewandowski, Carmem Lúcia e Joaquim Barbosa já passaram por situações parecidas no passado.

Barbosa foi interpelado por um petista, em julho de 2014, na saída de um fino restaurante, em Brasília (DF), porque havia se declarado favorável ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Lewandowski foi desafiado por um passageiro, dentro de um avião, a falar dos benefícios político-eleitorais dados à cassada ex-presidente, em maio de 2027. E Carmem Lucia teve a fachada do prédio onde morava pichada por tinta vermelha, Belo Horizonte (MG), em abril de 2018.

Sabe o que aconteceu com os “agressores”? Nada!

O petista apenas perdeu o emprego no gabinete da então deputada federal – hoje, distrital, de Brasília – Érica Kokay. O passageiro do avião ficou algumas horas detido no aeroporto, pela Polícia Federal, e foi liberado. Membros do MST, que picharam o prédio da ministra, estão por aí, à solta, cometendo outros crimes.

Agora, quando o caso se refere ao xerife do Supremo, a situação mudou. Alexandre de Moraes mandou a PF investigar os “agressores” onde estiverem, até o fim do mundo, porque, afinal, sob as ordens dele, o STF tem jurisprudência em todos os países. E não é só. Acena que vai abrir processo contra os detratores.

Mais um caso, sem dúvida, em que o ministro “cabeça de ovo” será vítima, investigador, promotor público e juiz em completo desrespeito ao devido processo legal. Afinal, ele é o xerife!

E como as coisas ainda não estão bem explicadas, Moraes, seus colegas de supremo, ministros de Lula e petistas em geral, além da imprensa militante de esquerda, fazem biquinho ao falarem da tal “agressão”.

O que se sabe, como outro lado da notícia, é que um filho bem criado de Moraes, que tem 27 anos, é quem teria iniciado as agressões – todas verbais -, segundo o que já disseram os acusados. Evidentemente que estão mentindo, né? SQN.

Moraes é intocável. O povo não!

O que dizer das milhares de pessoas agredidas de todas as maneiras, todos os dias, no Brasil, por conta de leis fajutas criadas por congressistas sem preparo e mantidas por um poder judiciário, sob a batuta de ministros como Moraes.

O que dizer das mais de 1.400 pessoas que ele mandou prender, sem o devido processo legal, no dia 8 de janeiro, em Brasília – incluindo um autista, idosos, doentes e até crianças -, em nome da tal defesa da democracia?

O que dizer da agressão às leis, à Constituição e a clara perseguição política a brasileiros conservadores, em 2022? Alguém se lembra do radiolão, da multa ao PL, do cerceamento da imprensa na publicação de verdades da ligação de Lula com ditadores?

Bom, a lista é grande. E moraes é intocável, nem que seja com palavras e com a emissão de opinião, que era livre a todos os brasileiros quando havia justiça, constituição e vergonha na cara.

*É jornalista, cristão e professor universitário

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