sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Autor de homicídio matou mulher porque foi demitido, afirma polícia

O suposto autor do homicídio que vitimou Nilza Maria Aparecida Costa Pingoud, de 62 anos, em Barretos, no interior de SP, disse que matou a vítima porque ela o havia…

O suposto autor do homicídio que vitimou Nilza Maria Aparecida Costa Pingoud, de 62 anos, em Barretos, no interior de SP, disse que matou a vítima porque ela o havia demitido. A afirmação é do delegado Rafael Faria Domingos, titular da delegacia Seccional da Polícia Civil da cidade.

Leonardo Silva, de 18 anos, foi preso na manhã da última quinta-feira (3/8) após uma operação conjunta da Polícia Civil de Barretos com a PM de Planura (MG). As equipes cumpriram o mandado de prisão temporária expedido pela Justiça contra o suspeito. O criminoso foi encontrado em Frutal (MG) e encaminhado para a delegacia de Barretos, onde foi interrogado.

Segundo a Polícia Civil, a partir do momento em que foi detido e durante todo o trajeto até a delegacia, Leonardo permaneceu hostil e debochou do trabalho da polícia. Ele também reagiu de forma fria ao relatar detalhes sobre o crime e chegou a sorrir e mandar beijos para a câmera do celular de um dos investigadores que filmou parte da ação para registro. Outro vídeo que circula na internet mostra Leonardo saindo da delegacia e sendo entrevistado por profissionais da imprensa. Ele sorri novamente e confessa: “Matei, gente”. O criminoso não dá detalhes do crime, mas disse que fez compras com o dinheiro da vítima.

O crime chocou a cidade. De acordo com o delegado Domingos, a motivação, segundo a declaração do suposto autor do homicídio, seria vingança porque a vítima teria demitido Leonardo.

“A vítima e o suposto autor se conheceram um tempo atrás quando ela o convidou para prestar serviços domésticos na casa e morar no imóvel. Ele acabou se mudando para a casa da vítima, mas essa relação de trabalho acabou durando apenas alguns dias, o que criou ali uma certa raiva, como ele disse no interrogatório dele”, disse.

O delegado contou ainda que o crime foi planejado.

“Ele veio para Barretos no final de semana do dia 22 (de julho), ingressou no imóvel (de Nilza) no dia 23 e no dia 24 pela manhã ele esperou ela acordar e a matou assim que ela acordou, enforcando-a com um fio. Ele permaneceu na casa durante toda a semana escavando a cova e na quinta ou sexta-feira, conforme ele informou em seu interrogatório, ele efetivamente a enterrou (no jardim)”, contou o delegado.

O corpo de Nilza foi encontrado enterrado e em estado avançado de putrefação após a Polícia Militar receber denúncias dos vizinhos, que notaram a ausência da moradora. Testemunhas relataram que chegaram a ver um rapaz na frente do imóvel, parado e observando por muito tempo. Como Nilza ficou muitos dias sem sair de casa, algumas pessoas resolveram acionar a PM. Não havia sinal de arrombamento no local, mas a carteira dela havia sido levada.

Testemunhas informaram ainda que Nilza era uma mulher tranquila e discreta, mas amigável. Ela morava sozinha há quatro anos após ficar viúva.

O primeiro laudo do Instituto Médico Legal (IML) concluiu que Nilza morreu asfixiada e que não havia sinais de lesões contundentes em seu corpo.

Ela foi enterrada na última quarta-feira (2/8), no cemitério da Paz, em Barretos. Leonardo Silva está preso temporariamente no presídio de Colina (SP). As investigações continuam em andamento.

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