quinta, 14 de novembro de 2024
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Aumento da expectativa de vida pode resultar em redução da aposentadoria

O brasileiro vive mais. Porém, vai receber menos durante a aposentadoria. A conclusão foi apontada após divulgação da pesquisa do IBGE que aponta o crescimento na expectativa de vida da…

O brasileiro vive mais. Porém, vai receber menos durante a aposentadoria. A conclusão foi apontada após divulgação da pesquisa do IBGE que aponta o crescimento na expectativa de vida da população. Em 2005, a idade média do brasileiro atingiu 71,9 anos, com o aumento de quase um ano em relação à pesquisa realizada em 2000. A verificação do IBGE serve de base para o cálculo previdenciário que define o valor das aposentadorias. Dessa forma, com aposentados vivendo mais tempo, o valor dos novos benefícios do INSS deve ser reduzido em até 0,44%. A mudança afeta todos que entrarem com pedido de aposentadoria a partir desta semana. Vale ressaltar que não há impacto sobre o benefício de quem já está aposentado. O sociólogo da Universidade de Brasília, Antônio Flávio Testa, analisa que a população brasileira está envelhecendo rapidamente. Entretanto, o sociólogo destaca que o crescimento acontece de forma desigual. Segundo Testa, a parcela mais pobre da população cresce de forma acelerada, enquanto os mais ricos têm menos filhos. O crescimento entre a população de baixa renda pode ser explicado pela falta de informações sobre educação sexual e contracepção. A prerrogativa do especialista é justificada na pesquisa do IBGE. Os dados registram menor expectativa de vida na região nordeste. Entre os estados, o Alagoas ocupa o último lugar com uma esperança média de 66 anos. Já o Distrito Federal tem o melhor desempenho: 74,9 anos. A região Sul concentra o maior número de Estados com alta expectativa de vida. Em Santa Catarina, por exemplo, ela é de 74,8 anos. De acordo com o sociólogo da UnB, o envelhecimento da população pode ser atribuído às melhores condições de vida.

Hoje, valores novos estão sendo incorporados na formação do brasileiro como o estilo de vida saudável que é se alimentar bem, cuidar melhor da sua saúde, viver saudavelmente. Então, o que nós temos hoje, é que há um outro nível de consciência, houve alguns avanços na parte de assistência pública também cresceu de forma significativa, apesar de ainda não atender a toda a demanda da população. Mas melhorou bastante.

Apesar dos avanços, o sociólogo não prevê um futuro otimista para a terceira idade. De acordo com ele, as atuais ações governamentais em prol das pessoas com mais de 60 anos não são suficientes. Testa alerta que é necessário implantar medidas que possam tratar melhor da saúde do idoso, além da conscientização para inclusão desta classe na sociedade. Atualmente, tramita no Congresso Nacional um projeto de Lei para delimitação da quarta idade. A proposta deve especificar ações efetivas para pessoas com mais de 80 anos.

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