domingo, 22 de setembro de 2024
Pesquisar
Close this search box.

Aumenta tentativa de golpe por telefone na cidade

O golpe do seqüestro, aplicado pelo telefone, através de ligação a cobrar, indicando a posse de um membro da família, voltou a amedrontar os votuporanguenses nesta semana. Mesmo com a…

O golpe do seqüestro, aplicado pelo telefone, através de ligação a cobrar, indicando a posse de um membro da família, voltou a amedrontar os votuporanguenses nesta semana. Mesmo com a orientação de que os criminosos agem de presídios fora do Estado, as vítimas continuam sendo enganadas e várias, por pouco não depositaram a quantia em dinheiro exigida. O delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), João Donizete Rossini (foto), anunciou que, por dia, pelo menos duas pessoas registram boletim de ocorrência relatando a tentativa do golpe.

Na Delegacia Seccional, de acordo com o delegado Celso Reis Bento, somente na terça-feira, foram elaborados cinco boletins de ocorrência envolvendo pessoas que foram vítimas deste tipo de ameaças. A estratégia usada pelos presidiários, que são os principais suspeitos, é ligar para a vítima e informar que um filho ou parente próximo foi seqüestrado. Em seguida, os golpistas exigem uma alta quantia em dinheiro e créditos para celular. Em troca eles “libertam” o suposto parente.

“Esses criminosos nem sabem o nome da pessoa supostamente sequestrada. Eles conduzem a vítima a citar o nome do filho ou familiar que estaria nas mãos dele. De posse de um nome eles passam amedrontar a família pelo telefone”, conta o delegado.

Nas ocorrências registradas, o delegado Seccional lembrou que os criminosos estão ligando à noite, informando que os filhos das vítimas foram seqüestrados quando iam para uma festa. Celso Bento disse que até a delegacia recebeu uma ligação a cobrar de um criminoso.

Ligações
Para o delegado, esses criminosos ligam comumente do Rio de Janeiro e até de Fortaleza. Os aparelhos usados, na maioria das ocorrências, é o celular. “Após as ligações, constatamos que os números são de celulares clonados, furtados ou de linhas que não são cadastradas, o que dificulta as investigações para descobrir quem é o autor”, fala.

Ele explicou que este tipo de crime acontece porque os celulares estão acessíveis nos presídios, e mesmo com a fiscalização, os aparelhos chegam às mãos dos presidiários. Além do aparelho, o delegado afirma que também há suspeita de que listas telefônicas estão chegando às celas, oferecendo nomes e números das pessoas.

Advertência
Para não cair no trote, o delegado Celso Bento recomenda que as pessoas não recebam ligações a cobrar. Caso exista a necessidade em recebê-las, é recomendável estabelecer um código com os familiares para que se crie um canal de segurança entre as duas pessoas. Bento também cita que adquirir uma bina para que a pessoa identifique quem está ligando contribui para que ela não seja vítima.

Alguns criminosos também incluem a polícia nos trotes, informando aos familiares que um membro da família se envolveu em acidente automobilístico e precisaria de créditos para celular para falar com outras pessoas. O delegado finaliza dizendo que se o trote acontecer, não se deixe levar pela conversa do criminoso que está do outro lado da linha. Em seguida, entrem imediatamente em contato com a pessoa que teria sido seqüestrada.

Notícias relacionadas