domingo, 24 de novembro de 2024
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Auditor Fiscal do Trabalho de Fernandópolis é condenado por corrupção passiva

A Justiça Federal de Rio Preto condenou o agente fiscal José Ernesto Galbiatti auditor fiscal da Subdelegacia do Trabalho em Fernandópolis, foi condenado a três anos e sete meses de…

A Justiça Federal de Rio Preto condenou o agente fiscal José Ernesto Galbiatti auditor fiscal da Subdelegacia do Trabalho em Fernandópolis, foi condenado a três anos e sete meses de prisão e à perda do cargo por corrupção passiva, além de multa de R$ 84 mil.

As informações são do Jornal Diário da Região.

Ele é acusado de receber propina na forma de carnes do frigorífico Confina Alimentos, de Poloni, em troca de “consultorias” à empresa.

Galbiatti foi um dos alvos da Operação Tamburutaca, em que a Polícia Federal e Ministério Público Federal investigaram um grande esquema de corrupção dentro da Delegacia do Trabalho em Rio Preto. Pela denúncia, o então chefe da delegacia, Robério Caffagni, e auditores fiscais cobravam propina de empresários e produtores rurais para livrá-los de multas por irregularidades trabalhistas. Quando a operação foi deflagrada, em março de 2011, 17 pessoas chegaram a ser detidas pela PF.

As investigações resultaram em pelo menos 11 ações criminais na Justiça Federal contra o grupo. A sentença da primeira delas, contra Galbiatti, foi publicada ontem no diário oficial. Nela, o auditor fiscal havia sido denunciado pelo MPF por receber carnes do frigorífico em três ocasiões, entre os meses de junho e setembro de 2010. Os pedidos de Galbiatti foram feitos diretamente ao gerente administrativo do Confina, Emerson Carlos Gazola, conforme interceptações telefônicas feitas pela PF com autorização judicial.

Além disso, Galbiatti foi condenado ao pagamento de outra multa de R$ 83,9 mil e à perda do cargo – à Justiça, Galbiatti declarou ganhos de R$ 20 mil mensais. Atualmente o auditor atua apenas em atividades internas da Subdelegacia do Trabalho em Fernandópolis, segundo o advogado dele, Paulo Vinicius Silva Goraib. “Vamos recorrer ao Tribunal Regional Federal”, disse ontem o advogado.

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