O número de atropelamentos e, consequentemente, vítimas fatais em decorrência desse tipo de acidente de trânsito dispararam no primeiro semestre de 2015 no trecho da rodovia Euclides da Cunha, a SP320, que passa pela região de Votuporanga. Segundo dados divulgados pela Polícia Militar Rodoviária, a triste contagem dos primeiros seis meses de 2015 supera (e muito) os registrados nos dois anos anteriores inteiros.
Os dados divulgados são referentes até o dia 30 de junho deste ano e apontam quatro casos de atropelamentos. De todos os acidentes, três pessoas atropeladas morreram no período. Outras duas foram socorridas em estado grave. O total de mortos no ano, porém, já chegou a quatro. Na última terçafeira (14), Edilson José de Souza, de 43 anos de idade foi atropelado e morto nas proximidades do quilômetro 514, em Votuporanga.
Ele foi atingido por um automóvel GW Gol de cor prata, com placas de Valentim Gentil, que seguia no sentido Rio Preto a Votuporanga, quando tentava atravessar a pista. A colisão foi tão violenta que o corpo dele foi lançado longe e a morte foi praticamente instantânea.
Os números de 2015 (com quatro mortes), já deixaram para trás os anos anteriores. Em todo o 2014, foram registradas apenas uma vítima fatal e duas pessoas socorridas em estado grave. Os feridos e o morto se envolveram em dois casos de atropelamento. Já em comparação com o ano de 2013 inteiro, a diferença é ainda mais gritante. Nos 12 meses do penúltimo ano, foi registrado pela Polícia Rodoviária apenas um atropelamento na SP320, que resultou em uma vítima fatal.
PASSARELA
No caso da última terçafeira o atropelamento poderia ter sido evitado. A vítima foi atingida sob um viaduto de retorno, que não foi pelo utilizado pelo pedestre para atravessar a pista. Entretanto, também recentemente, chamou à atenção a morte de Maria Ferreira Conceição, 49 anos. Ela morreu atropelada ao tentar atravessar pista, bem ao lado da base da Polícia Rodoviária no final de junho. Existe uma passarela para passagem de pedestres a poucos metros de distância do local do acidente.
A vítima morava no bairro Pozzobon e tentou atravessar a pista Sul, quando foi atingida por um carro com placas de Fernandópolis. A motorista, e duas crianças que estavam no banco traseiro do veículo, não se feriram. No dia após o atropelamento de Maria, a equipe de reportagem do A Cidade voltou ao local e constatou que muitos pedestres e ciclistas simplesmente optam em ignorar a passarela e se arriscam sobre a pista. Além da passagem pela rodovia ser mais rápida, alguns alegam que à noite falta iluminação na passarela e eles ficam com medo de passar por ela.
Na ocasião, o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) informou que realiza diversas campanhas voltadas à educação no trânsito, direcionada tanto aos motoristas quanto aos pedestres.
Ao longo da malha rodoviária estadual sob administração do DER são veiculadas mensagens educativas nos painéis eletrônicos, além disso, são distribuídos folhetos com informações sobre segurança viária a cada “Operação” realizada.
Jociano Garofolo- A Cidade
