quinta, 31 de outubro de 2024
Pesquisar
Close this search box.

Atirador que matou 77 pessoas diz que agiu em legítima defesa

Começou nesta segunda-feira (16), na Noruega, o julgamento do atirador que matou 77 pessoas em julho do ano passado. Anders Breivik se declarou inocente e ainda alegou legítima defesa. Com…

Começou nesta segunda-feira (16), na Noruega, o julgamento do atirador que matou 77 pessoas em julho do ano passado. Anders Breivik se declarou inocente e ainda alegou legítima defesa. Com uma saudação de extrema direita, o assassino confesso se apresentou ao tribunal. Sorridente e desafiador, Anders Breivik fez questão de apertar as mãos de todos os promotores que vão trabalhar pela condenação dele. Mas, momentos depois, disse que não reconhece a autoridade da justiça norueguesa.

Queria ser julgado por uma corte militar, por se considerar um soldado que agiu em legítima defesa. Breivik não mostrou emoção diante de imagens inéditas do dia da matança e também ficou impassível ao ouvir os nomes das 77 vítimas. Só se emocionou quando escutou a própria voz em um vídeo que foi postado na internet antes do massacre. Na gravação, ele conclama a Europa a lutar contra uma suposta invasão pelo islã.

Foram essas ideias racistas que detonaram o ódio de Breivik no dia 22 de julho do ano passado. Primeiro ele explodiu uma bomba que matou oito pessoas perto de prédios do governo no centro da capital Oslo. Depois, vestido de policial, seguiu para a Ilha de Utoeya, onde acontecia um acampamento de jovens do Partido Trabalhista, e chegou atirando. Mais 69 pessoas morreram. O crime é considerado a maior tragédia da Noruega em tempos de paz.
Um sobrevivente diz que é importante que o mundo inteiro entenda que esta é uma tragédia baseada em idéias políticas comuns em vários países e que precisam ser combatidas.

Os noruegueses esperaram nove meses pelo começo do julgamento e agora terão que aguardar outras dez semanas pelo veredito. Ninguém tem dúvidas sobre a condenação: a questão é saber se Breivik passará o resto da vida em um presídio comum ou em uma instituição psiquiátrica.

Notícias relacionadas