O Estado de São Paulo registrou um recorde histórico de ataques de escorpiões em 2023, com 49.381 casos, segundo a Secretaria Estadual de Saúde.
O número de ocorrências é o mais alto desde 1988, quando foi iniciada a estatística, e 13% maior do que o recorde anterior, em 2022, quando houve 43.817 casos. Em relação aos óbitos, foram 7 em 2023 contra 11 em 2022.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, há 213 pontos com soro para o atendimento dos acidentados com escorpiões. Em entrevista à Rádio Eldorado, o veterinário Thiago Chiariello, do Biotério de Artrópodes do Instituto Butantan, disse que o crescimento urbano desordenado e a falta de um maior cuidado com o lixo estão entre as causas que facilitam a proliferação de escorpiões, que se alimentam principalmente de baratas.
Segundo ele, é preciso ter mais atenção com as crianças, que nem sempre sabem que foram picadas por escorpiões. Os sintomas mais comuns da picada são: sensação intensa de ardência e dor no local, inchaço, vermelhidão e coceira na região atingida.
Em casos mais graves, a reação evolui para febre e, em situações extremas, choque anafilático. O contato geralmente acontece quando a pessoa pisa ou toca acidentalmente no animal, gerando uma reação defensiva por parte dele.