Pelo menos oito pessoas perderam a vida em um ataque contra um centro de testemunhas de Jeová em Hamburgo, confirmou nesta sexta-feira (10) a polícia alemã. Há também grande número de feridos.
As autoridades ainda não sabem os possíveis motivos do tiroteio da última noite na segunda maior cidade da Alemanha.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, lamentou o “ato de violência brutal” e manifestou solidariedade às famílias.
A ministra do Interior alemã, Nancy Faeser, também se manifestou na rede social Twitter, afirmando que está “chocada com o terrível ato de violência”.
A comunidade das Testemunhas de Jeová disse que se encontra “profundamente entristecida” com o ataque mortal contra os seus membros.
A polícia informou que foi alertada para o tiroteio aproximadamente às 21h15 (hora local) de quinta-feira e que, ao chegar ao local, ouviu tiro num andar superior do edifício.
Um porta-voz da polícia disse que havia indícios de que o autor do ataque pudesse estar no prédio, “possivelmente até entre os mortos”.
A agência de notícias alemã informou que as equipes de socorro retiraram 18 pessoas, que escaparam ilesas de um edifício utilizado pelo grupo religioso.
As Testemunhas de Jeová fazem parte de uma igreja internacional, fundada nos Estados Unidos no século 19 e sediada em Warwick, Nova York, com adesão mundial de cerca de 8,7 milhões de pessoas, sendo 170 mil na Alemanha.
As autoridades alemãs têm estado em alerta nos últimos anos perante dupla ameaça terrorista – de extremismo islâmico e de direita.
A Alemanha foi vítima de ataques de movimentos extremistas islâmicos, um deles com um caminhão, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI), que deixou 12 mortos em dezembro de 2016, em Berlim. Foi o pior ataque do gênero em território alemão.