No dia 6 de maio deste ano, o Clube Atlético Votuporanguense estreou no campeonato de 2012 da 2ª Divisão Paulista justamente em Fernandópolis, contra seu maior rival, o Fefecê.
Naquele jogo, o centroavante Romário Marcelino de Souza Santos estreava em jogos oficiais pelo time de Votuporanga com o pé direito – apesar de ter marcado com a canhota o gol que deu a vitória ao alvinegro por 1×0.
Romário, 22 anos, mineiro de Elói Mendes, revelado no Guarani de Campinas, é atualmente o artilheiro do campeonato. Tido como excelente finalizador, o jogador com nome de craque é cobiçado por vários clubes brasileiros.
Já Rudimar Prunzel Horlle, 25 anos, gaúcho de Santa Maria, não participou daquela partida: ele só chegou ao Fernandópolis para disputar a terceira rodada.
Depois dos insucessos contra CAV e Araçatuba (duas derrotas), a diretoria do Fefecê decidiu dispensar o atacante Luizão e trouxe Rudimar, ídolo da torcida em 2009 e 2010 e que havia conseguido o acesso jogando pelo Capivariano no ano anterior.
Logo na estreia, em Tupã, o atacante mostrou suas qualidades: sofreu o pênalti convertido por Maurinho e marcou o terceiro gol, na convincente vitória por 3×0.
A contratação do atacante era um pedido que o técnico Roberto Assis havia feito desde o início do torneio: “Além de ser um jogador diferenciado tecnicamente, o Rudimar é um líder positivo”, justificou o treinador.
Para Robertão, só falta ao atacante “sonhar alto, ser mais ambicioso” para chegar à elite do futebol. E isso pode acontecer já no Paulista de 2013: o Mirassol, que disputa a primeira divisão de São Paulo, quer o atacante.
ARTILHARIA
Atualmente, Romário tem 13 gols no campeonato. Rudimar é o segundo, com 11 tentos. O discurso politicamente correto – segundo o qual o mais importante é o acesso, interesse coletivo – não impede que os dois “matadores” sonhem com a artilharia.
Para Rudimar, servir um companheiro para marcar é tão prazeroso quanto fazer o gol. “O importante é vencer, levar o Fefecê para a A-3”, argumenta. Ele até pediu ao técnico para jogar mais recuado, chegando com a bola dominada.
Na partida de domingo passado contra o Joseense, Robertão aceitou a sugestão e escalou o centroavante Izac como pivô, enquanto Rudimar jogava pelos lados do campo. Nessa função, ele conseguiu o pênalti que bateu e converteu. Isso inflamou a torcida, que empurrou a equipe. Minutos depois, Michel marcou o gol da vitória de 2×1.
Ídolos das torcidas de Votuporanga e Fernandópolis, Romário e Rudimar sabem que sobre seus ombros tanto pode cair tanto a glória quanto o fracasso. Para Rudimar, essa perspectiva serve de motivação: “Tenho grande identificação com a torcida do Fefecê e com esta cidade. Adoraria marcar minha terceira passagem pelo time com o acesso à A-3”, sonha o atacante.
