Um dos principais astros da NBA das últimas duas décadas, o espanhol Pau Gasol anunciou nesta terça-feira a sua aposentadoria, aos 41 anos. O pivô de 2,13 metros de altura encerra sua trajetória profissional no basquete com dois títulos da NBA, três medalhas olímpicas e um título mundial, pela seleção da Espanha.
“Vou me aposentar do basquete profissional. É uma decisão difícil, após tantos anos, mas é uma decisão em que pensei bastante”, avisou o agora ex-atleta. O anúncio não surpreende porque Gasol vinha dando sinais de que deixaria o esporte nos últimos anos. Ele já havia se aposentado da seleção espanhola em agosto, após perder para os Estados Unidos nas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Na capital japonesa, ele disputou sua quinta Olimpíada da carreira. Ele soma duas medalhas de prata, em Pequim-2008 e Londres-2012, e um bronze, obtido no Rio-2016. Ainda pela equipe nacional do seu país, ele foi um dos líderes do time que se sagrou campeão mundial em 2006. E participou de três conquistas europeias, em 2009, 2011 e 2015.
Gasol vinha defendendo o Barcelona desde fevereiro deste ano. Mas seu rendimento já não era mais o mesmo. O pivô vinha jogando abaixo do esperado desde que sofreu uma fratura por estresse no pé esquerdo. A recuperação foi lenta e o tirou das quadras por quase dois anos, quase antecipando sua aposentadoria.
Foi no Barcelona que Gasol se tornou profissional, em 1999. Mas ele ficou mais conhecido pelas grandes temporadas na NBA, principalmente com a camisa do Los Angeles Lakers, segundo time que mais defendeu na carreira, entre 2008 e 2014 – o primeiro foi o Memphis Grizzlies, entre 2001 e 2008.
Pelos Lakers, o espanhol foi campeão da NBA por duas vezes, em 2009 e 2010. Na sequência, defendeu as cores de Chicago Bulls, San Antonio Spurs e Milwaukee Bucks. Chegou a assinar com o Portland Trail Blazers em 2019, mas não chegou a defender a equipe. Gasol encerrou sua trajetória na NBA em 2019 com uma média de 17 pontos e 9,2 rebotes em 1.226 jogos.
Neste ano, ele foi eleito para representar os atletas pelos próximos sete anos no Comitê Olímpico Internacional (COI). O cargo elevado coloca o ex-jogador de basquete no mesmo nível que integrantes de famílias reais da Europa e do Oriente Médio, empresários do esporte e lideranças de negócios no mundo que tem a mesma função no COI.