Frio e calculista, Sailsson José das Graças, de 26 anos, disse à polícia que escolhia as vítimas aleatoriamente em bares, praças, padarias e procurava ser amigo e descobrir o local de moradia da vítima.
O criminoso disse que não matava mulheres negras — preveria moças de pele clara e cabelos escuros — pelo fato de ele próprio ser negro. Sailsson confirmou que estudava o comportamento e o hábito das vítimas durante até um mês.
— Eu saía de casa e falava: “É o dia da minha caçada, vou fazer o meu trabalho” — contou ao delegado titular da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense, Pedro Medina.
Presa em flagrante junto com Sailsson pelo assassinato de uma mulher na última terça-feira, Cleusa Balbina de Paula era companheira do serial killer. Ela, segundo Sailsson, tinha conhecimento de todos os crimes cometidos. Segundo a polícia, os quatro últimos assassinatos efetuados por Sailsson foram a mando de sua mulher por motivo de vingança. Para a polícia, Sailsson confessou que tinha prazer em ver suas vítimas se debatendo no momento da morte, gostava de ser arranhado pelas vítimas e regozijava-se ao ver “mulheres mortas com olhos abertos”.
O delegado Pedro Medina disse que tudo leva a crer que Sailsson seja um psicopata. Quatro crimes cometidos por Sailsson, e feitos por encomenda, já foram confirmadas pela polícia. As outras 38 mortes que ele confessou estão sendo investigadas pela polícia por meio do recolhimento de registros de ocorrência de crimes passados.