quinta-feira, 24 de outubro de 2024
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Assalto suspende serviço assistencial exemplar

O tradicional Instituto Educacional Dona Carminha, que presta assistência a crianças campineiras com deficiência auditiva, foi invadido duas vezes no final de semana. Assaltantes entraram no imóvel pelos fundos, protegidos…

O tradicional Instituto Educacional Dona Carminha, que presta assistência a crianças campineiras com deficiência auditiva, foi invadido duas vezes no final de semana. Assaltantes entraram no imóvel pelos fundos, protegidos pela escuridão de uma gleba pública cortada por um córrego. Lá dentro, o bando arrombou as portas dos departamentos e fugiu levando tudo o que encontrou.

Os funcionários que chegaram para trabalhar nesta segunda-feira, viram que não sobrou sequer um aparelho telefônico. Os ladrões roubaram, por exemplo, computadores, fac-símile, televisão, projetor e fotocopiadora.

Os professores deram de cara com gavetas abertas, fotos e documentos espalhados pelo chão, fios soltos, vidraças quebradas e fechaduras destruídas.

Pelas estimativas do presidente do instituto, José Luís Vannuccini Fernandes, o prejuízo é de pelo menos R$ 40 mil. Ele explica que todos os 80 alunos foram dispensados das aulas, até que o prédio seja reformado. As atividades, lamentou, só serão retomadas à medida que novos equipamentos forem adquiridos.

O primeiro assalto, de fato, aconteceu na última segunda-feira. Naquela madrugada, os ladrões invadiram uma das salas e roubaram o laptop da diretora pedagógica Adriana Geraldi Neri. Equipamento, por sinal, que há menos de uma semana tinha sido doado pela IBM.

Na ocasião, a quadrilha “preparou” os assaltos de sábado e domingo. Só na segunda-feira, os funcionários descobriram que as hastes da cerca elétrica (sobre um cômodo dos fundos) tinham sido entortadas.

De acordo com o presidente Fernandes, os assaltantes se aproveitaram do escuro terreno vizinho, ponto de encontro de consumidores de drogas.

A rapaziada passa horas escondida entre as enormes manilhas de concreto, usadas na canalização do córrego. Os vizinhos, acostumados com os adolescentes fumando crack, nem desconfiavam que o instituto podia ser invadido.

Para o abatido Fernandes, o crime prejudica um trabalho social importante. Hoje, os deficientes auditivos estão sem aula. Além disso, estão suspensas por tempo indeterminado as aulas de informática, ministradas a carentes da comunidade. “É lamentável que esse trabalho nobre seja desrespeitado por criaturas insensíveis”, desabafa.

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