Enfim, como a esquerda queria, a inflação acelerou no final do ano e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 fechou em 4,23% — acima da meta de 4% estabelecida pelo governo do presidente Jair Bolsonaro para 2020. Não bastasse satisfazer os “arautos da desgraça”, recordando frase do ex-presidente Sarney, espera-se novas altas de preços dos alimentos puxadas pela elevação das tarifas de energia elétrica e de preços dos combustíveis para o ano novo. Resumindo, anseia que a inflação exploda no ano anterior ao do final do mandato de Bolsonaro para estilhaçar com o nome dele nas eleições futuras.
A expectativa do Banco Central (BC) é de inflação de 3,4% em 2021, mas “especialistas” ouvidos pela imprensa partidária da esquerda já falam em 5%. A imprensa esquerdista, inclusive, se ocupa em previsões de desgraça da economia em meio ao cansativo noticiário de mortes causadas pela Covid-19. Pautas permanentes.
Essas previsões não consideram que o governo deve obter mais apoio do Congresso Nacional após dois anos de negociações. Também ignora-se os resultados da estabilidade dos investimentos externos, que fecham o ano com um bom ritmo, e que as exportações colocam o país entre os mais importantes para o abastecimento de mercados importantes, onde a produção de alimentos é a cada dia mais insuficiente.
A ideia do noticiário do caos é consolidar um caos que não existe, embora o país sofra os graves reflexos da pandemia do novo coronavírus. É absolutamente compreensível que o desemprego cresça em meio a uma situação assim! Mas, não. A batalha da imprensa esquerdista é culpar o governo não apenas pelas mortes, mas também pelo desemprego, a quebra de empresas e o aumento de preços. Nada vai para a conta de governadores e prefeitos ditadores, que obrigaram setores inteiros a paralisarem as atividades no começo da pandemia.
Evidentemente que a situação merece atenção absoluta do governo, empresários e setores como a agropecuária e a indústria, entre outros. São dois dos muitos setores com peso na estabilidade econômica do país, sem contar os bancos, aluguéis, alimentos e os prestadores de serviços, especialmente os da área de saúde. O controle da taxa de inflação depende, também, da consciência e da participação destes setores! À imprensa cabe apenas noticiar. Influenciar, não!
O que o país não precisa é de jornalismo terrorista e de partidos políticos sem representação pública, cheios de “líderes” enrolados com a Justiça. Precisa vencer a Covid-19, manter a inflação controlada, garantir segurança jurídica plena e combater a corrupção. O brasileiro sabe como fazer seu país crescer!
Valdecir Cremon é jornalista, coordenador de jornalismo do Canal do Boi