quinta-feira, 19 de setembro de 2024
Pesquisar
Close this search box.

Artigo “De olho na natureza”,de Guilherme Mussi

Durante muito tempo, por ignorância, descaso e falta de planejamento, as questões ligadas ao meio ambiente foram relegadas a um plano secundário. No Brasil, um importante ponto de partida para…

Durante muito tempo, por ignorância, descaso e falta de planejamento, as questões ligadas ao meio ambiente foram relegadas a um plano secundário.

No Brasil, um importante ponto de partida para a mudança nessa postura se deu em 1992, durante a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a Rio 92.

De lá para cá, houve uma série de avanços, nas ações e na legislação, que passou a ser bem mais severa contra os chamados crimes ambientais.

Na verdade, aos poucos se descobriu que as questões relacionadas à degradação ambiental estão debaixo dos nossos olhos, acontecem ao nosso lado e até mesmo no nosso quintal.

Preservar a natureza depende de medidas severas contra os que destroem nossos rios e matas, mas também de muitas ações de conscientização das pessoas, principalmente as crianças e jovens.

Um dos primeiros tabus quebrados estava relacionado à poluição industrial, durante décadas tida como a maior vilã dos nossos rios, do solo e do ar.

Hoje, graças aos sistemas de controle existentes e as pesadas multas aplicadas contra quem não cumpre a legislação, grande parte dos resíduos gerados da produção das fábricas tem acompanhamento especializado e destinação adequada.

Já o esgotamento sanitário doméstico, que é também um problema de saúde pública, passou a ser atacado pelos governos, em todos os níveis, para melhorar a qualidade dos nossos rios, que hoje ainda recebem enormes quantidades de resíduos gerados nas residências.

Junto a isso é preciso incentivar a coleta e destinação adequada do lixo doméstico nos municípios, estimular a seleção dos materiais que podem ser reciclados.

Esse processo depende da mudança de hábitos do cidadão e de medidas que facilitem a coleta de tudo aquilo que pode ser reaproveitado ou reciclado. Chega de ver garrafas plásticas e até sofás boiando nos córregos.

O Brasil terá que continuar sua trajetória de crescimento baseado em soluções sustentáveis para a produção industrial, sem agredir a natureza.

Daí o importante incentivo que os governos devem dar à instalação de empresas não poluentes e à pesquisa para a obtenção de energia limpa, aproveitando os recursos naturais, entre eles a água, o sol e o vento.

* Guilherme Mussi é administrador de Empresas e fundador do Instituto Paulista de Renovação (INPAR).

Notícias relacionadas