O setor de seguros do país arrecadou R$ 210,6 bilhões de janeiro a novembro de 2016, resultado 8,2% maior que no mesmo período do ano anterior.
O balanço inclui as carteiras de seguros gerais, vida, previdência complementar aberta e capitalização, que são mercados supervisionados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). O número não inclui o segmento de saúde suplementar.
A Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (Cnseg) prevê que a expansão do setor de seguros em 2016 atinja 9% com os números de dezembro.
Já para 2017, o crescimento consolidado poderá alcançar até 11%, segundo o presidente da entidade, Marcio Serôa de Araujo Coriolano. O resultado, no entanto, vai depender “dos avanços no país em termos de fundamentos, reformas básicas e recuperação econômica”.
Segundo Coriolano, as principais contribuições para o incremento da arrecadação do setor de janeiro a novembro vieram dos ramos de seguro de vida individual, que cresceu 28,4%, correspondendo a 2,8% do total do setor de seguros; dos planos de previdência VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres), que tiveram expansão de 20,8%, com participação de 42,9% do total do mercado; do seguro rural e seguro habitacional, cujo aumento foi de 10,1%, cada, equivalendo a 1,6% e 1,5%, respectivamente, do total da arrecadação do setor; e do ramo de seguros de crédito e garantias, que aumentou 8,9% e correspondeu a 1,3% da arrecadação total.
Já o seguro de automóveis manteve a tendência de queda, fechando o acumulado de 11 meses do ano com retração de 2,7%. A arrecadação somou R$ 28,6 bi, representando 13,6% do total do setor. Também registraram desempenhos negativos os ramos de riscos de engenharia (- 25,2%); seguro de garantia estendida (-9,7%); capitalização (-3,5%); planos tradicionais de risco (- 6,4%); e seguros de vida coletivos (- 0,5%).
Saúde
No segmento de saúde privada, regulado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), os números mostram que até setembro doe 2016, a arrecadação foi de R$ 120,7 bilhões, com crescimento de 12,2% ante o mesmo período de 2015. De acordo com a Cnseg, a saúde suplementar representou 41% do total da receita dos seguros em termos amplos que, até setembro, incluindo os planos de saúde, atingiu R$ 291,5 bilhões.