O inquérito que apurava as causas da queda do helicóptero do cantor Marrone em Rio Preto, no dia 2 de maio de 2011, foi arquivado ontem pelo juiz substituto da 4ª Vara Criminal, Luiz Gonçalves da Cunha Júnior.
O inquérito investigava se o cantor da dupla sertaneja Bruno e Marrone pilotava a aeronave no momento em que ela perdeu potência enquanto sobrevoava a cidade e caiu no Recinto de Exposições.
O juiz acatou pedido do Ministério Público. De acordo com o promotor Fábio Miskulin, que atuou no caso, Marrone não pilotava o helicóptero no momento da queda. “Quem dirigia a aeronave era Almir Bezerra, que inclusive perdeu uma perna no acidente”, afirmou o promotor. Ainda de acordo com Miskulin, além de Marrone e de Bezerra, o primo do cantor, Jardel Barbosa, também estava na aeronave. Eles não quiseram abrir representação contra o piloto.
“Esse fator também motivou o arquivamento”, disse Miskulin. O helicóptero com o cantor seguia de Curitiba (PR) para São Paulo e fez uma parada para abastecimento em Rio Preto. Minutos depois de decolar do aeroporto a aeronave apresentou problemas. Marrone sofreu ferimentos leves, foi socorrido e levado para um quarto no Hospital de Base. Já Bezerra e Barbosa, com ferimentos foram internados a Unidade de Terapia Intensiva do hospital. No período pós-acidente o cantor se afastou do mundo artístico e passou a se tratar de síndrome do pânico.
Aeronáutica
De acordo com o promotor, se o laudo da Aeronáutica, que ainda não está concluído, apontar alguma irregularidade como a causa do acidente o inquérito poderá ser reaberto. “Essa possibilidade não está descartada. O Ministério Público pode pedir o desarquivamento do inquérito se surgir um fato novo que aponte as responsabilidades pelo acidente”, disse.
“Por enquanto, a única informação que temos é que o helicóptero perdeu potência e caiu.” Ainda não há data prevista para a conclusão do laudo da Aeronáutica, que também apura as causas do acidente.