sábado, 23 de novembro de 2024
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Araçatuba registra dois casos de leishmaniose visceral em humanos

Araçatuba registrou dois casos de leishmaniose visceral em humanos este ano. Os pacientes são um bebê do sexo masculino de um ano de idade e uma mulher de 24 anos,…

Araçatuba registrou dois casos de leishmaniose visceral em humanos este ano. Os pacientes são um bebê do sexo masculino de um ano de idade e uma mulher de 24 anos, que foi presa na Santa Casa local suspeita de participar de um sequestro, em Ponta Porã (MS), e pedir R$ 5 milhões pelo resgate da vítima.

Os pacientes estão em tratamento e são acompanhados pelos serviços de saúde. Em todo o ano de 2021 fora confirmados cinco casos de leishmaniose em humanos.

A doença é considerada uma das mais graves do mundo – o Brasil é responsável por 95% dos casos nas Américas, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).

Equipes da Secretaria Municipal de Saúde fez o bloqueio nos bairros San Rafael e Jardim TV, onde os dois casos foram registrados este ano. O trabalho consiste em identificar e eliminar os fatores de risco em um raio de 250 metros da residência do contaminado.

Agentes de endemias coletam sangue dos animais nas regiões onde os casos foram registrados, para a realização de exames laboratoriais, com o objetivo de verificar se algum animal do bairro contraiu a doença.

A coordenadora da UVZ (Unidade de Vigilância em Zoonoses) da Secretaria Municipal de Saúde, Talita Carolina Bragança de Oliveira, os animais podem ser tratados, mas o tratamento deve ser feito durante toda a vida dos pets.

Para evitar a contaminação dos animais de casa com a leishmaniose deve-se manter o quintal livre de material orgânico, como folhas, fezes, frutos, vasos com cascas de legumes e frutas (compostagem malfeita), que são os ambientes propícios para o mosquito-palha, transmissor da doença.

O cachorro é o principal reservatório do protozoário Leishmania chagasi, mas o cão não transmite a doença diretamente aos humanos. É o mosquito vetor que pode picar o animal infectado e, em seguida, as pessoas, dando início ao ciclo de transmissão.

Outra dica é manter os cães com coleiras repelentes, ensina a coordenadora da UVZ e realizar o exame nos animais. O CCZ realiza gratuitamente a coleta de sangue para exame de leishmaiose, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 17h.

Sintomas
O tempo para o início dos sintomas é de seis meses a dois anos, após a infecção, o que dificulta o diagnóstico. Nos humanos, os sintomas da doença são febre intermitente; aumento de baço e fígado; sangramento de mucosas; perda de peso; fraqueza e anemia.

Nos animais, são feridas pelo corpo, principalmente ao redor de olhos, ponta de orelhas e focinho; crescimento das unhas; perda de peso; descamação pelo corpo; febre; sangramento de mucosas; e aumento de baço e fígado.

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