sexta, 22 de novembro de 2024
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Aposentada passa humilhação para votar

A falta de acessibilidade na Escola Estadual Monsenhor Gonçalves, no bairro Boa Vista, em Rio Preto, levou às lágrimas a funcionária pública aposentada Aparecida Costa Gonçalves, portadora de artrose nos…

A falta de acessibilidade na Escola Estadual Monsenhor Gonçalves, no bairro Boa Vista, em Rio Preto, levou às lágrimas a funcionária pública aposentada Aparecida Costa Gonçalves, portadora de artrose nos joelhos e nos pés.

Para subir as escadas até a sua seção eleitoral, ela precisou ser carregada numa cadeira. “Me senti revoltada, muito revoltada. Se não fossem os meninos, como eu ia votar? É muita palhaçada. Choro pelo desrespeito e pela revolta”, disse a aposentada. Ela conta que chegou à escola ao meio-dia e como não podia subir as escadas até sua seção de votação, pediu uma solução aos funcionários da Justiça Eleitoral.

“Falaram que não podiam fazer nada, para eu justificar. Mas eu preciso votar.” Depois de 1h15 de impasse, Aparecida resolveu pedir ajuda a militantes presentes no local. Outro que encontrou dificuldades por causa das escadas no local foi o empresário Walter Romano Calil, 68, que tem quatro pontes de safena. “Não posso nem sair de casa, muito menos subir escada. Mas falaram que não tem como votar aqui embaixo. Vou subir devagarinho com a ajuda do meu filho.”

Na escola Noêmia Bueno do Valle, no bairro Ipiranga, a vontade de votar da aposentada Cândida Teixeira Vlore, 75, também acabou em constrangimento. Ela tem problemas nas pernas e caminha com auxílio de um andador, por isso precisou da ajuda de mesários para poder subir dois lances de escada.

A aposentada foi surpreendida ao chegar no colégio e encontrar as salas somente no andar superior, por isso havia desistido de votar quando dois funcionários se ofereceram para ajudá-la. “Antes conseguia subir, mas agora minhas pernas não aguentam.

Eles deveriam ter em cada escola uma sala só para pessoas que tem dificuldade de locomoção. Consegui votar, mas passei por um constrangimento”, afirma. Após votar, a aposentada foi orientada pelos funcionários a procurar a Justiça Eleitoral para pedir transferência do seu título para um local que tenha acessibilidade.

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