Depois que o presidente da CBF, Antonio Nunes, rompeu um acordo da Conmebol e decidiu votar pela candidatura do Marrocos para receber a Copa de 2026, o dirigente não tem comparecido aos eventos da entidade. Ele está em uma espécie de “geladeira”.
O dirigente não esteve no lançamento da Casa Conmebol, local de eventos da entidade em Moscou, e também não participou do 2º Congresso do Futebol Sul-Americano, realizado neste sábado, em Moscou. O encontrou reuniu os principais dirigentes da região.
“Foi uma decisão dele (não vir)”, limitou-se a dizer Rogério Caboclo, que será o presidente a partir de abril de 2019. Segundo o dirigente, a entidade não vetou a presença do coronel no evento deste sábado.
Havia um acordo do bloco sul-americano para que todos os dez votos das federações da Conmebol fossem direcionados à candidatura dos Estados Unidos, México e Canadá na disputa para ser sede da Copa de 2026. O coronel Nunes não informou a ninguém e não respeitou o acordo. A situação abriu uma crise dentro da entidade e abalou os planos da CBF de se apresentar à família Fifa como uma nova entidade.
O presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA), Claudio Tapia, classificou o ato como uma “traição”. “Parece estar mais perto de traição que simpatia”, disse Tapia. Caboclo garante que o episódio já foi superado. “A relação é ótima. Existe uma relação de amizade pessoal, uma amizade institucional”, disse Caboclo.
O dirigente também negou que a entidade tivesse pedido o afastamento do coronel. “Em nenhum momento. Esse é um assunto já superado. Não há resquício. O relacionamento com a Fifa igualmente vai muito bem”.
Foi a primeira vez que CBF se manifestou oficialmente na Rússia desde o início da Copa. O futuro presidente da entidade se mostrou satisfeito com a vitória da seleção diante da Costa Rica, em São Petersburgo, por 2 a 0, nesta sexta-feira. Os gols da vitória foram feitos nos acréscimos dos jogo. “Ainda que difícil, foi uma vitória muito importante para a competição”, afirmou Caboclo.