A Polícia Civil de Araçatuba desencadeou nesta terça-feira (11) a 4ª fase da Operação Raio X, que investiga um desvio milionário de recursos da saúde de cidades brasileiras, incluindo Araçatuba e Birigui (SP).
Os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão relacionados à investigação sobre a possível emissão de relatório médico falso em favor do médico Lauro Fusco Marinho, réu na operação, que possibilitou ao STF (Supremo Tribunal Federal), converter a prisão preventiva do médico em prisão domiciliar.
“Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos na residência de Lauro, bem como na residência e no consultório do médico que teria sido o responsável pela elaboração do laudo falso. No cumprimento das buscas foram apreendidos telefones celulares dos investigados, computador, documentos médicos e a quantia de R$ 11.560,00 em dinheiro. Participaram da atuação de campo policiais civis da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC), e ao todo foram convocados 13 policiais, divididos em três equipes”, disse a polícia, em nota enviada à imprensa.
Na semana passada, investigadores apontaram que o laudo apresentado pela defesa do médico Cleudson Garcia Montali, era falso. Após a apuração, ele, que também estava em prisão domiciliar e é réu na operação, foi preso novamente. Por isso, o MP colocou em dúvida a veracidade do laudo apresentado por Lauro e pediu um novo exame. O STF ordenou ontem (10) que o novo exame seja feito.
A Operação Raio X, deflagrada em 2020, denunciou 70 pessoas pela prática dos crimes de organização criminosa, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e fraude à licitação. Mais de 50 pessoas foram presas e o caso segue tramitando na Justiça.
A reportagem está tentando contato com a defesa dos réus, mas ainda não obteve sucesso.