O pedreiro José Francisco dos Santos, 44 anos, morreu na manhã desta segunda-feira, 28, vítima de assassinato na cidade de Jaci. O crime aconteceu no último dia 15, após uma briga entre a vítima e o servente José Aparecido de Oliveira, 44. O autor golpeou o pedreiro com o cabo de uma enxada, o que causou traumatismo craniano que o levou a morte.
De acordo com o histórico, cerca de quatro trabalhadores dividiam, durante a semana, um alojamento em Jaci, enquanto construíam um galpão. O encarregado Deumarino Vieira Soares, 40 anos, contou que conhecia a vítima há anos. “Zezão, como era chamado, sempre foi uma pessoa muito boa. Brincalhão e divertido, não sei como isso foi acontecer. Hoje só quero que a Justiça seja feita. Não conhecia o autor, mas logo que ele chegou ao alojamento já senti que era encrenqueiro, cheguei a pedir para que ele saísse da obra”, desabafou, entre lágrimas, a testemunha.
O servente e o pedreiro se desentenderam por volta das 22 horas, do dia 15. O que ninguém sabe ao certo é o motivo da briga que levou Oliveira a pegar a enxada e dar quatro golpes na cabeça de Santos. Segundo o encarregado, o quinto golpe só não foi executado porque um vizinho gritou no momento e pediu ao autor para não fazer aquilo. “Na hora em que tudo aconteceu eu dormia e não presenciei a briga. Me sinto muito culpado por isso, pois se eu estivesse acordado o crime não teria acontecido. O último golpe que não foi dado pelo bandido era para matá-lo ali. Não vou me perdoar nunca”, declarou Soares.
Após cometer o violento crime, o servente pulou a grade da casa e fugiu por um canavial. A Polícia Civil de Jaci investiga o caso, mas até agora, 14 dias depois do crime, o autor ainda não foi localizado. No boletim de ocorrência há a descrição de um lapso temporal, ou seja, ele só foi elaborado no dia 16 de maio, um dia depois, pois a polícia teve dificuldade de qualificar a vítima.
Santos foi socorrido e encaminhado ao Hospital de Base de Rio Preto, onde ficou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) até a manhã de ontem, 28. Ele teve morte encefálica em decorrência do traumatismo craniano que sofreu. A vítima deixa a esposa N.A.S., 49 anos, com quem era casado há 23 anos.