segunda, 25 de novembro de 2024
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Após mais de uma semana, rodovias seguem com interdições e bloqueios

Pelo nono dia consecutivo, manifestações que questionam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022 tomam conta do país. No início da manhã desta terça-feira,…

Pelo nono dia consecutivo, manifestações que questionam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022 tomam conta do país. No início da manhã desta terça-feira, 8, foram registrados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) 10 interdições e cinco bloqueios.

Houve atuação das forças policiais e, por volta de 12h, foi informado que haviam dois bloqueios e três interdições em rodovias federais, localizadas no Mato Grosso e no Paraná. Segundo o órgão, o total de manifestações desfeitas é de 1.077. Como resultados das operações realizadas por forças de segurança pública, 65 prisões foram afetuadas, além da emissão de 7.325 multas a motoristas que participaram do bloqueio de rodovias. O valor a ser arrecadado já chega a R$ 18,6 milhões. Além disso, também há relatos de atos próximos a bases militares. Em Porto Alegre, manifestantes se concentram nas proximidades do Comando Militar do Sul (CMS).

Já em Campo Grande, as ações são focadas em frente ao Comando Militar do Oeste e também no interior do Estado. Além disso, comerciantes fecharam seus estabelecimentos em apoio aos manifestantes. Em Brasília, a frente do Quartel-General do Exército, localizado no Setor Militar Urbano (SMU) concentra um acampamento com manifestantes. Também há grupos reunidos em frente ao Comando Militar do Sudeste, em São Paulo (Ibirapuera) e ao Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro (Praça Duque de Caxias). O Supremo Tribunal Federal determinou que a PRF e a Polícia Militar de cada Estado atuassem pelo fim das mobilizações, apontando-as como “antidemocráticas” por se oporem a uma eleição limpa e transparente, como classificou.

O Ministério da Defesa informou que será encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quarta-feira, 9, o relatório do trabalho de fiscalização do sistema eletrônico de votação das eleições 2022. O procedimento foi feito por uma equipe de técnicos militares das Forças Armadas. O documento é bastante aguardado por membros do atual governo, que atribuem a ele o atestado de lisura na votação que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para um terceiro mandato.

Se as Forças Armadas indicarem que houve indícios de irregularidade ou, no mínimo, inconsistências na vitória de Lula por margem de aproximadamente 2 milhões de votos — o resultado mais apertado da história —, os protestos que eclodiram após as eleições deverão se intensificar.

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