domingo, 24 de novembro de 2024
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Após deixar Governo de SP, Doria anuncia volta ao setor privado

O ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) anunciou nesta segunda (13) que irá voltar ao setor privado. Ele deixou o cargo em 31 de maio para tentar disputar a…

O ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) anunciou nesta segunda (13) que irá voltar ao setor privado.

Ele deixou o cargo em 31 de maio para tentar disputar a Presidência, respaldado que estava como nome escolhido pelo partido em prévias no fim do ano passado.

O projeto não funcionou, dada a resistência interna da sigla, e Doria desistiu da postulação em 23 de maio. Seu partido decidiu apoiar a tentativa da senadora Simone Tebet (MDB-MS) de se lançar ao Planalto.

Doria irá integrar, ao lado do ex-chanceler Celso Lafer e do seu ex-secretário de Fazenda Henrique Meirelles, o conselho do grupo empresarial Lide, que era comandado por ele antes da entrada na vida pública como prefeito eleito de São Paulo em 2016 e agora é gerido por um de seus filhos.

“Eu sou um gestor. Não desrepeito os profissionais da política, mas sou um gestor da política”, disse ele, que deixou a prefeitura em 2018 para vencer a eleição para o Palácio dos Bandeirantes.

Em rápido discurso a jornalistas em um hotel de São Paulo, Doria disse que não se arrependeu de “medidas impopulares” em sua gestão como governador, em especial no combate à pandemia. Um dos motivos aferidos em pesquisas qualitativas que tentaram escrutinar a rejeição ao tucano no estado foi a percepção negativa de ações como o fechamento de setores do comércio para evitar a disseminação do Sars-CoV-2.

“Faria tudo de novo”, afirmou, dizendo também que não deixará o PSDB. “Fico no Brasil”, completou. Ele já tem, contudo, alguns compromissos agendados no exterior, como uma palestra em Oxford (Reino Unido) sobre conjuntura brasileira. Ele deverá também retomar a participação nos encontros promovidos pelo Lide.

Doria não falou de planos políticos. Aliados comentam que ele se colocou à disposição do sucessor, Rodrigo Garcia (PSDB), para trabalhar na campanha do ex-vice à reeleição. Céticos sobre a viabilidade de Tebet, eles dizem que o tucano não deverá ter papel ativo na campanha presidencial.

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