quarta, 13 de novembro de 2024
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Após cirurgia, médico do Sírio-Libanês baleado segue na UTI

O urologista Anuar Mitre, 65 anos, que foi atingido por três tiros em seu consultório por um paciente na tarde de segunda-feira (15) permanece internado na UTI (Unidade de Terapia…

O urologista Anuar Mitre, 65 anos, que foi atingido por três tiros em seu consultório por um paciente na tarde de segunda-feira (15) permanece internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Sírio-Libanês.

De acordo com o boletim médico do hospital divulgado na tarde desta terça-feira (16), Mitre teve um traumatismo cranioencefálico e fratura de membro superior direito. Ele foi submetido a uma cirurgia para tratar as lesões neurológicas e ortopédicas. Segundo o hospital, o tratamento apresentou bom resultado. Mitre permanece sedado e sem previsão de alta.

O urologista foi baleado pelo ex-médico Daniel Edmans Forti, 42 anos, que se suicidou em seguida, segundo a Polícia Militar. Médico do Hospital Sírio-Libanês e professor associado de urologia da Faculdade de Medicina da USP, Mitre foi atingido na cabeça, no braço e nas costas, disse a PM. O crime ocorreu por volta das 15h30 no Medical Center, prédio em frente ao Sírio, na Bela Vista (região central de São Paulo). No local há consultórios particulares de médicos que atuam no Sírio.

PALAVRÃO
Forti havia chegado ao consultório e pedido para conversar com Mitre, afirmou à reportagem a secretária do urologista, que pediu para não ser identificada. O ex-médico era paciente da vítima havia cerca de cinco anos, segundo ela. Mitre atendia um outro paciente. Quando este saiu, Forti foi em direção a Mitre, com um revólver na mão, xingou o urologista com um palavrão e atirou, afirmou a secretária.

“Nunca tinha visto isso na minha vida. Eu fiquei desesperada”, disse a mulher. Quando médicos e funcionários do Sírio souberam do crime, correram pela entrada principal do hospital para socorrer o urologista. No consultório do outro lado da rua, encontraram Mitre ferido e o atirador já morto, com um tiro na cabeça e a arma do crime sob o corpo. O socorro de Mitre no Sírio causou tumulto entre médicos e pacientes na tarde desta segunda-feira.

DEPRESSÃO
Daniel Forti tinha quadro de depressão e um problema na uretra, disse a secretária, sem dar detalhes. Ele passou a se tratar com Mitre depois de ter feito uma cirurgia malsucedida, decorrência de um acidente com motocicleta, anos atrás. Paulista, ele havia sido médico do trabalho no Rio e era sócio de uma empresa de pneus no centro de São Paulo. Segundo o conselho de medicina, no entanto, seu registro foi cancelado.

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