O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, afirmou hoje (17) que o partido não apoiará nenhum dos dois candidatos à presidência da República. Ele, no entanto, explicou que a decisão respeita os diretórios da Bahia e de Sergipe, que apoiam Haddad, em oposição à “ampla maioria” do partido, que está com Bolsonaro.
“Em um gesto de respeito com esses dois estados, ao invés de definirmos o voto do partido em favor do Bolsonaro […] definiu que vai liberar seus diretórios regionais para o caminho que considerarem mais adequado. Com isso, aqueles que não quiserem acompanhar a candidatura do Bolsonaro ficam com a tranquilidade de estarem dentro de uma diretriz partidária”, disse Kassab, que é ministro de Ciência e Tecnologia do governo Temer.
“Eu voto no Jair Bolsonaro. Fomos com o Geraldo Alckmin (PSDB) até o fim. No último dia de campanha, caminhei com ele. Perdi. Agora tenho que apoiar um dos dois”, completou, conforme a coluna Painel, da Folha de São Paulo.
O PSD baiano é aliado do PT no estado. Já em Sergipe, o PT apoia a candidatura de Belivaldo Chagas, do PSD, para o governo do estado. Chagas disputa o segundo turno com Valadares Filho, do PSB. Kassab deixou claro, no entanto, que a maioria do partido está com Bolsonaro e que liberar os diretórios regionais é uma decisão que impede a criação de dissidências e visa a unificar o partido com maior facilidade após as eleições.
A maioria dos partidos, dentre eles PSDB e MDB, duas das maiores legendas do país, também não oficializaram apoio a nenhum dos dois candidatos e liberaram seus diretórios regionais. O PT tem o apoio do PCdoB e PROS, que já fazem parte da coligação de Haddad, além do PCB, PSB e PSOL. O PSL tem o apoio do PTB, PRTB e PSC.