sábado, 21 de setembro de 2024
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Após ação para fechar salões de beleza, MP mira igrejas abertas

Cerco às igrejas 1 O Grupo de Trabalho formado pela Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ), instância máxima do Ministério Público paulista, estuda uma medida uniforme para entrar com ações em série…

Cerco às igrejas 1
O Grupo de Trabalho formado pela Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ), instância máxima do Ministério Público paulista, estuda uma medida uniforme para entrar com ações em série na Justiça para fechar os templos religiosos abertos em cidades que estão na fase 2 (laranja) do Plano São Paulo. Entre eles, municípios da região de Rio Preto.

Cerco às igrejas 2
A decisão final sobre como os promotores vão agir em todo Estado deve ser tomada no início desta próxima semana. A tese ganhou força após o Ministério Público de Ibitinga conseguir, na Justiça, obrigar o município a suspender a autorização para atividades religiosas. Assim como Rio Preto, Ibitinga estava na fase laranja do Plano SP.

Cerco às igrejas 3
O caminho seguido pela PGJ sobre as igrejas é o mesmo tomado em relação aos salões de beleza e barbearias. Lembrando que, em Rio Preto, os estabelecimentos só foram fechados no mês passado após deliberação feita internamente pelo Grupo de Trabalho e comunicada pelo promotor Carlos Romani ao prefeito Edinho Araújo (MDB). Até então, decreto municipal até então permitia o funcionamento destas atividades.

Cerco às igrejas 4
O assunto, porém, é agora um pouco mais delicado em termos jurídicos, já que o decreto estadual do governador João Doria (PSDB) que instituiu a quarentena não é contundente na proibição de atividades religiosas presenciais. Até por isso o Grupo de Trabalho, que reúne promotores de Justiça de todo Estado e foi montado em abril pelo procurador-geral de Justiça, Mário Luiz Sarrubbo, tenta construir uma tese uniforme para que possa prevalecer no Tribunal de Justiça (TJ).

Missa suspensa
Independentemente de uma ação judicial, algumas paróquias em Rio Preto já decidiram suspender os cultos presenciais. Em comunicado aos fiéis pelas redes sociais, o padre Sílvio Roberto, da paróquia Menino Jesus de Praga, suspendeu todas as missas presenciais já a partir deste fim de semana por conta da pandemia. O retorno das celebrações, segundo o comunicado, não tem data para ocorrer.

Todo mundo lá 1
O risco do contágio não impediu a presença maciça de autoridades neste sábado (27), no Centro de Convenções da Famerp, para a liberação de R$ 29,1 milhões destinados à ampliação de UTI e enfermaria no Hospital de Base e no Hospital da Criança e Maternidade. O anúncio dos recursos foi feito pelo vice-governador Rodrigo Garcia (DEM), que esteve acompanhado do secretário do Estado de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi.

Todo mundo lá 2
Também estiveram presentes o prefeito de Rio Preto, Edinho Araújo (MDB), o deputado federal Geninho Zuliani (DEM) e os deputados estaduais Carlão Pignatari (PSDB) e Itamar Borges (MDB). Todos discursaram, claro. A solenidade também contou com a presença de vereadores e secretários municipais.

Homenagem
Como o diretor da Funfarme, Jorge Fares, segue internado no UTI com Covid-19, o papel de anfitriã do evento coube à diretora-executiva do HB, Amália Tieco. Ela dedicou a inauguração dos leitos ao colega que se recupera da doença. A expectativa da equipe médica é de que Fares receba alta na terça-feira (30). Neste sábado, no entanto, quadro de febre voltou a ser registrado, segundo apurou o DLNews.

Guerra de narrativas
Na sua fala, Rodrigo Garcia não fez críticas diretamente ao presidente Jair Bolsonaro, que entrou em rota de colisão com o governador João Doria (PSDB). Mas citou que havia no país uma “guerra de narrativas” no início da pandemia. E que a tal guerra deixou a população em dúvida sobre o melhor caminho a ser seguido.

Crise inevitável
O vice-governador disse ainda que, já em abril, se sabia que a crise econômica era certa. “Toda pandemia termina em uma grande crise econômica, é impossível não ser assim. E você tem dois caminhos: o do negacionismo, de que nada precisa ser feito e muitas vidas serão perdidas. Ou o outro caminho que era o do menor custo social, já que ao final nós teremos uma crise e que a gente enfrente essa crise econômica com os óbitos evitáveis sendo evitados. Foi esse o caminho que escolhemos para São Paulo”, afirmou.

Recalibragem
Por fim, Rodrigo Garcia ainda destacou que há margem para manobras dentro do Plano SP, e citou o exemplo adotado pelo prefeito Edinho Araújo (MDB), que instituiu um mini-lockdown de três dias em Rio Preto para que o comércio pudesse ampliar o horário de funcionamento nos demais dias. O vice-governador afirmou que a medida pode ser seguida por outros municípios e citou que está em análise a situação dos salões de beleza e até a abertura de restaurantes – mas isso para cidades na fase 3 (amarela) do plano, o que não inclui a região de Rio Preto.

Por um triz
Coincidência ou não, pelo menos três cidades da região divulgaram números recordes de casos positivos de Covid na sexta-feira (26), depois que o governador Doria anunciou a reclassificação do Plano São Paulo: Rio Preto (227), Votuporanga (35) e Mirassol (11). Vale lembrar que a DRS ficou na fase laranja por muito pouco.

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