sábado, 23 de novembro de 2024
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Após 36 anos, remo brasileiro volta ao pódio do Pan com ouro e prata

Dois cariocas interromperam nesta quarta-feira (25) um jejum de medalhas do Brasil no remo em Jogos Pan-Americanos, que já durava 36 anos. O primeiro a subir no topo do pódio…

Dois cariocas interromperam nesta quarta-feira (25) um jejum de medalhas do Brasil no remo em Jogos Pan-Americanos, que já durava 36 anos. O primeiro a subir no topo do pódio na edição do Pan de Santiago (Chile) foi Lucas Verthein, ouro no single skiff (skiff individual). Na sequência, na mesma prova, Beatriz Cardoso faturou a prata. Foi a primeira vez que o país ficou entre os melhores do remo em provas individuais. Os resultados obtidos no Pan aumentam a pontuação dos atletas no ranking mundial, parâmetro na corrida por vaga olímpica para Paris 2024. O Pan de Santiago tem transmissão ao vivo no site do Canal Olímpico do Brasil.

Verthein foi campeão ao concluir o percurso de 2 mil metros da final do skiff masculino em 6min78s6. A prata ficou com o norte-americano James Plihal e o bronze com o mexicano Juan José Rodriguez, do México.

“Esse resultado representa tudo. É um marco na história do nosso remo brasileiro, é o início de uma nova história. Só tenho que agradecer por estar vivendo esse momento e a todos que estiveram envolvidos nesta grande vitória. É um ouro histórico para o Brasil e agora eu quero mais. Quero a medalha olímpica e vou trabalhar muito por isso”, prometeu Verthein, bronze no Pan de Lima (2019) e único representante brasileiro no remo da Olimpíada de Tóquio (Japão).

Estreante em Pan-Americanos, Beatriz Cardoso também celebrou muito a conquista da prata, primeira medalha do Brasil no skiff individual feminino na competição. Na final, ela cruzou a linha de chegada em 7min46s73, atrás da mexicana Vanessa Lechuga (7min44s63), medalha de ouro. O bronze ficou com a paraguaia Nicole Gonzalez (7min47s29).

“É uma sensação de dever cumprido, tudo faz sentido agora. É muito bom estar com essa medalha no peito. Essa medalha representa muita abdicação, muito trabalho e treinamento. É a primeira medalha do single skiff feminino, então é muito bom quebrar esse tabu. O gostinho do ouro ficou, mas é bom porque na próxima edição de Pan eu vou vir mais madura e preparada”, que também exaltou seu feito inédito para o remo feminino. “Essa medalha mostra que é possível. É importante para que no futuro outras mulheres venham e façam mais”, disse a remadora, em depoimento ao Comitê Olímpico do Brasil (COB).

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