quarta, 20 de novembro de 2024
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Após 26 anos, casal descobre que filho foi trocado no hospital

Após 26 anos de preconceito e suspeitas de traição, exames de DNA comprovaram que, no dia 1º de outubro de 1983, dois bebês, um branco e outro pardo, foram trocados…

Após 26 anos de preconceito e suspeitas de traição, exames de DNA comprovaram que, no dia 1º de outubro de 1983, dois bebês, um branco e outro pardo, foram trocados na maternidade do hospital São Domingos, de Catanduva. É o fim de um longo mistério para as famílias Silva, de Pindorama, e Santos, de Catiguá, que só aumentou ao longo dos anos.

Afinal, como podia Daniel, um rapaz branco, nariz pontiagudo, ser filho de descendentes de baianos? A 20 quilômetros dali, os Silva enfrentavam suspeita parecida. A iniciativa de resolver o mistério foi do casal Valmique e Neuza. Há dois anos, o caminhoneiro levou o filho para que os avós de Rondônia o conhecessem.

Neuza se lembrou que, no dia em que deu à luz, dividiu o quarto com uma mulher de Pindorama. Quando o casal de Catiguá descobriu a casa dos Silva e contou a confusão para Doracy, uma aposentada branca, olho azul, descendente direta de italianos, a dona de casa começou a passar mal.

Assim como os Santos, a família Silva sofria com o preconceito nas ruas. O pai dela, avô de Kléber, morreu há quatro anos sem nunca ter aceitado o fato de o neto ser moreno.Um dia depois do encontro entre os pais, chegou a vez de contar para os filhos.
No caso de Kléber, o caçula da família, quem mais se abalou foi Doracy.

Kléber e Daniel se encontraram três dias depois do primeiro encontro entre as famílias. O clima hoje é de amizade entre as famílias. O contato entre as famílias prosseguiu – foram quatro encontros, incluindo a festa de aniversário dos dois, dia 1º de outubro. Mas tanto os Silva quanto os Santos nem sonham em destrocar os filhos. Feita a aproximação, difícil mesmo é Kléber e Daniel chamarem Neuza e Doracy, respectivamente, de mães.

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