Um item descrito no relatório da CPI do Merendão apontou que a Prefeitura de Fernandópolis usou uma manobra para tentar aumentar o número de alunos e justificar a saída de mais pratos servidos nas escolas municipais e estaduais, para atingir um número ideal para esconder o superfaturamento da merenda.
A Sindicância da Prefeitura, que não deu em nada, relatou que existia o fornecimento de merenda escolar à Escola Coronel Francisco Arnaldo da Silva para 630 alunos no ensino fundamental e 759 em atividade complementar. O fato foi desmentido pela diretora da instituição em depoimento à CPI do Merendão. O fato está descrito no item 3.5 do relatório final da CPI finalizado na semana passada e distribuído a imprensa local e regional. (folha 20)
Para justificar o aumento do valor das licitações, o servidor Rodrigo Mendonça, alegou que a merenda para ETEC possuía 1.668 alunos, quando na realidade, no primeiro trimestre de 2013 tinha apenas 771 alunos e no segundo semestre, 736. Neste caso o governo já havia liberado os recursos para a merenda em 2012/2013, mas a mesma só começou a ser entregue no segundo semestre depois que a Prefeitura foi ameaçada pela direção da ETEC de levar o caso ao Ministério Público.
Na Sindicância que a Prefeitura nada apurou, existe a afirmativa de que havia 745 alunos no primeiro semestre de 2013. Foi repassado pelo governo estadual a quantia de 131 mil reais referente à merenda escolar de 2013, valor que não se tem notícia do seu destino, mas segundo o relatório, não foi gasto com a merenda não fornecida no primeiro semestre. (folha 13)