A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) espera que jogadores que atuam na Europa, incluindo o atacante Neymar, do Paris Saint-Germain (PSG), viajem para a América do Sul para os jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo na próxima semana, apesar das preocupações com a pandemia do novo coronavírus (covid-19) e do risco de conflitos com os clubes.
O Brasil enfrenta a Bolívia em São Paulo no próximo dia 9 de outubro e depois viaja para Lima para enfrentar o Peru, quatro dias depois. Todas as seleções sul-americanas estarão em ação neste período.
Embora a Ásia e a Concacaf tenham adiado as Eliminatórias para março, devido à pandemia de covid-19, a América do Sul decidiu seguir em frente com as partidas no mês que vem.
No entanto, fronteiras estão fechadas em vários países – onde exceções teriam que ser acordadas com os governos para a entrada das equipes– e há altos índices de infecção na América do Sul.
O presidente da CBF, Rogério Caboclo, disse à Reuters que, embora esteja ciente de que a Major League Soccer (MLS), que contém clubes nos Estados Unidos e no Canadá, tenha levantado objeções, ele não prevê quaisquer outros problemas para a liberação de atletas.
“Apenas a MLS declarou que deseja manter os jogadores em quarentena e, assim, ficou mais difícil liberá-los”, afirmou ele. “Ninguém mais. O prazo para qualquer recusa já passou, então quero acreditar que não haverá problemas.”
Na semana passada, Jonas Baer-Hoffmann, secretário-geral do Sindicato Mundial de Jogadores (FIFPro), disse à Reuters que os atletas deveriam ter permissão para decidir se querem viajar, sem medo de punições.