domingo, 20 de abril de 2025
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Apenas uma escola de Fernandópolis avança em seleção para modelo cívico-militar

O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Educação, divulgou na terça-feira (15) a lista de 35 escolas que podem se tornar cívico-militares no segundo semestre…

O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Educação, divulgou na terça-feira (15) a lista de 35 escolas que podem se tornar cívico-militares no segundo semestre de 2025. Uma nova etapa de consulta pública, que inclui essas unidades, está em andamento desde terça (15) e segue até quinta-feira (17), com a divulgação da relação final prevista para o dia 25 de abril.

Fernandópolis, que inicialmente tinha quatro escolas indicadas, viu três delas serem eliminadas: Armelindo Ferrari, José Belúcio e Líbero de Almeida Silvares. Essas unidades estavam entre as 70 aprovadas na primeira fase. Apenas a Escola Estadual Carlos Barozzi, localizada na Brasilândia, foi aprovada para esta nova etapa.

Votuporanga e Jales não tiveram nenhuma escola incluída nesta nova relação. Na região, além da Carlos Barozzi, seguem na disputa a Escola Estadual Pedro Pedrosa de Nhandeara, a Escola Estadual Octacílio Alves de Almeida de São José do Rio Preto e a Escola Estadual Julieta Guedes Mendonça de Dracena.

Segundo o governo estadual, as novas consultas públicas estão sendo realizadas em unidades que não atingiram o quórum mínimo na fase anterior, o que impediu uma definição clara sobre a adoção do modelo. A gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) tem a meta de implementar o formato cívico-militar em 100 escolas ainda no segundo semestre de 2025.

O modelo cívico-militar é alvo de controvérsia e críticas. O governador Tarcísio de Freitas defende a iniciativa, negando que o projeto tenha cunho ideológico. A Secretaria Estadual da Educação garante que os militares não atuarão em sala de aula nem ocuparão cargos de profissionais da educação, restringindo sua atuação ao acolhimento e preparo dos alunos, intervalos, encerramento de turnos, projetos educativos extracurriculares e busca ativa de estudantes.

O modelo paulista se inspira em um projeto do governo de Jair Bolsonaro, que previa uma atuação mais ampla dos militares na gestão escolar e educacional. No entanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva revogou esse modelo por decreto assim que assumiu o governo federal. A revogação foi defendida pelo Movimento Todos pela Educação, que considerava o modelo pedagógico equivocado e excludente, defendendo que a militarização deveria se restringir a escolas das Forças Armadas. A entidade também criticou o desvio de foco e recursos públicos na construção do programa anterior.

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