sábado, 23 de novembro de 2024
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“Apaixonado pelo futebol”, Prass anuncia saída do Palmeiras

O goleiro Fernando Prass não fará parte do elenco do Palmeiras para a temporada de 2020. Seu contrato não foi renovado pela diretoria e na tarde desta terça-feira (10), na…

O goleiro Fernando Prass não fará parte do elenco do Palmeiras para a temporada de 2020. Seu contrato não foi renovado pela diretoria e na tarde desta terça-feira (10), na Academia de Futebol, o atleta fez uma despedida do clube, onde estava desde 2013.

Assim que começou a falar com a imprensa, Prass lembrou do momento mais marcante que viveu no time e sobre a maior dificuldade que passou nesses sete anos. “O momento mais marcante foi não só o pênalti, mas aquela final contra o Santos. Para quem viu só o jogo não entende o contexto. O contexto vem desde 2014, um ano em que a gente teve muita dificuldade, a rivalidade com o Santos, o mosaico da torcida, o pênalti defendido, o pênalti feito. Foi o momento mais marcante. O mais difícil foi 2014, quebrei o cotovelo, num jogo contra o Flamengo, tive dificuldade para voltar, porque foi uma lesão complicada. Eu me lembro que estava com muita dor para treinar. Decidiram tirar o fio e o pino do cotovelo, não melhorou. Continuei com muita dor. Fiz outro tratamento, e aí me aliviou bastante. Fiz um treino e voltei a jogar. Aquele momento foi o mais difícil, pelo momento do clube e a dificuldade para jogar“, disse.

Sobre o planejamento que a diretoria palmeirense tem de usar a base, acha que será muito benéfico juntar a experiência de um jogador consagrado com alguém mais jovem. “Para trazer alguém, tem que fazer esforço maior para manter aqui. Quem estava aqui não queria sair do Palmeiras, até em relação à base. Acho importantíssimo a base ser utilizada, porque eles têm uma coisa que é a identificação com o clube. Eles têm um olhar diferente. De repente, você pega um jogador consagrado, sem identificação, e pega um menino, eles acabam se ajudando. Assim se faz um grupo.”

Prass ainda falou que não quer pensar em se aposentar do futebol, que ainda vai jogar por mais uma temporada. “Sou apaixonado pelo futebol, então é óbvio que sei que a carreira vai terminar, isso gera preocupação. Desde os 35, 36 anos, quando cheguei ao Palmeiras, você começa a pensar o que fazer. Eu me lembro que quando renovei contrato com o Vasco, era meu último contrato. Depois vim para o Palmeiras, renovei por mais dois, por mais um, por mais um, e vou jogar mais um ano. É claro que venho me preparando para encerrar. Com 38 anos, fui convocado para a seleção olímpica. Sempre tem as dificuldades.”

Perguntado se queria uma despedida no Allianz Parque, disse que foi um estádio que marcou sua carreira, mas que não pensaria nisso agora. “Sem dúvida nenhuma, é um estádio que marcou minha carreira. Desde 2014, os dois últimos do campeonato, o título de 2015, o jogo de 2016, quando entro no lugar do Jailson, depois de ter quebrado o cotovelo. Agora, em relação a futuro, a despedida, não vou pensar agora. Porque não sei onde vou estar, em qual clube vou estar. Deixo para pensar mais para frente.”

Por fim, Prass se diz extremamente grato por todo o carinho e homenagens que recebeu da torcida do Palmeiras desde o anúncio da sua saída. “Embora a gente seja remunerado para isso, esse carinho da torcida é absurdo. Porque com dinheiro você compra praticamente tudo, mas esse respeito, essa admiração, não compra. Estou indo lá porque eles foram responsáveis pela homenagem que recebi num campo de futebol, aquele mosaico na abertura do jogo da Copa do Brasil. Essas demonstrações de carinho que recebi a partir de sábado, quando falei que iria sair. A proporção e a quantidade de demonstrações de carinho me surpreenderam.”

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