sábado, 23 de novembro de 2024
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Aos 86 anos, professor aposentado vai às urnas para exercer a cidadania

Especial “Já escolhi em quem vou votar para prefeito e vereador. Vou caminhar até a escola em que se localiza a minha sessão, sei utilizar a urna eletrônica e pretendo…

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“Já escolhi em quem vou votar para prefeito e vereador. Vou caminhar até a escola em que se localiza a minha sessão, sei utilizar a urna eletrônica e pretendo cumprir meu dever como cidadão enquanto eu tiver condições. Sempre exerci a cidadania”. A frase acima resume o sentimento do professor catanduvense e aposentado Victoriano Blanques Neto. Apesar de o voto ser facultativo para ele, hoje com 86 anos, Victoriano sabe a importância que o voto tem para decidir o futuro de uma cidade.

De acordo com Blanques, nas últimas décadas houve avanço na política brasileira. “Uma das coisas foi o advento das urnas eletrônicas, que muitos países de primeiro mundo estão ‘imitando’. Esse processo não dá margens para roubos e outras coisas que atrapalhem o movimento político. Fiz parte de diretórios políticos, acompanhei todo o processo desde a época da ditadura militar e posso afirmar que houve progresso das eleições brasileiras e que hoje temos maturidade política”, disse.

Blanques mencionou a saga de entregar a urna no Fórum de Taquaritinga numa das eleições em que trabalhou. Ele foi presidente de mesa, responsável pela urna e tinha o dever de entregá-la intacta. “Quando terminou a votação, eu e mais quatro mesários saímos num ‘Ford pé de bode’, chovia, e, como era estrada de terra, o carro encalhou, pousamos na estrada e no dia seguinte às 6 horas fomos até uma fazenda, onde o administrador emprestou duas charretes para chegarmos a Cândido Rodrigues.

De lá, seguimos de trem até Taquaritinga, onde pegamos um táxi até o fórum. Ao chegarmos, às 13 horas, fomos aplaudidos e recepcionados como heróis. Foi um ato de civismo, pois tínhamos que cumprir o dever de entregar a urna”, relatou.

Segundo o professor, na primeira eleição, após o fim do regime militar getulista, ele trabalhou de mesário nas eleições de 1945 até 1960. “Antes eram cédulas de papel fornecidas pelos próprios candidatos. Havia corrupção, roubos e vários crimes políticos. Hoje não há esses crimes, pelo menos com a intensidade com que havia na época.

É extremamente importante exercer a cidadania. Agora ficam com os jovens o destino das eleições e o processo democrático do País. Peço aos jovens que sigam o caminho da legalidade para que dessa maneira podem ser dirigentes da nação, do Estado e do Município, com mais responsabilidade”, finalizou. (Suélen Petek)

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