Consumidor
As farmácias magistrais, conhecidas como de manipulação, terão que obedecer a novas regras para garantir mais segurança, qualidade e eficácia das fórmulas manipuladas oferecidas ao consumidor. É o que prevê resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa. A medida cria o Regulamento Técnico sobre Boas Práticas de Manipulação de Medicamentos para uso Humano em Farmácias. Entre as novas exigências, estão a obrigatoriedade de treinamento de todos os funcionários, inclusive o pessoal da limpeza e manutenção. Todos deverão ter conhecimentos de higiene, saúde, conduta e microbiologia. A resolução estabelece também novos critérios para qualificação de fornecedores, análises de controle de qualidade de matérias-primas e monitoramento do processo de manipulação. A Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais, Anfarmag, ainda não concluiu a análise do documento de quase 200 páginas. De acordo com o presidente da Anfarmag, Hugo Guedes de Souza, a resolução traz algumas regras que devem ser estendidas aos medicamentos industrializados. Ele adianta que vai pedir uma avaliação jurídica e técnica do texto.
Esperamos que o texto, na realidade, esteja condizente com a realidade das farmácias do país, e que elas possam estar se adequando a esse texto. Mas a análise precisa ser feita, até por que, às vezes, tem itens dentro dela que só nos pedem, às vezes, para o produto manipulado. E isso não pode existir. Se é uma regra e essa regra é pra medicamento, ela tem que se valer para todos os medicamentos. Sejam eles manipulados ou industrializados.
No Brasil, existem cinco mil farmácias de manipulação que foram classificadas pela Anvisa de acordo com a área de atuação. As categorias vão desde manipulação de remédios homeopáticos até hormônios e medicamentos de uso controlado. Para cada grupo, a Agência fixou regras específicas de boas praticas de manipulação. A resolução passa a valer na prática a partir de março.
