Há menos de um mês, nasceu o segundo filho da modelo Andressa Suita, e, nesse período, a loira tem mostrado as delícias da maternidade, mas também já publicou alguns desabafos sobre suas dificuldades.
Na última segunda-feira (13), a esposa de Gusttavo Lima postou um vídeo em que ela estava sozinha segurando Samuel, enquanto o primogênito Gabriel agarrava suas pernas e pedia atenção.
Suas recentes confissões sobre ser mãe acenderam a discussão sobre o tema. Apesar de o assunto ser romatizado entre algumas famosas, os primeiros anos de vida do bebê vêm com uma porção de novidades e mudanças na vida dos pais. Tanto é que, segundo o Relationship Research Institute, dos Estados Unidos, cerca de dois terços dos casais perceberam uma queda na qualidade do relacionamento após os três primeiros anos de vida do primeiro filho. A partir dos cinco anos, 25% dos casais se separaram.
Além das mudanças de rotina, uma das causas que levam os pais a se distanciarem é a diminuição da atividade sexual. Um estudo realizado pelo site britânico Help-Link.co, um casal a cada cinco não tem relações sexuais após o nascimento do filho.
Para a psicóloga Sandra Almeida, que participou do programa digital Realidade Materna, da RedeTV!, nesta terça-feira (14), um dos motivos pode ser o fato de as mulheres comumente se sobrecarregarem sozinhas no cuidado aos filhos e, após uma jornada dupla, acabarem perdendo a libido no fim do dia.
De acordo com a profissional, as mulheres são as que mais trabalham no cuidado ao bebê por questões culturais. Desde crianças, elas aprendem que precisam abraçar a maternidade com toda vitalidade. “A começar pelos brinquedos. Os meninos, quando pequenos, ganham uma bola, e as meninas, uma boneca”, afirma a psicóloga.
Dessa forma, muitas mães tomam toda a responsabilidade para si e não deixam o marido cuidar da criança. “Quando você vai lá e toma a frente, o que a gente está dizendo para o nosso parceiro? Você não é capaz, você não é competente, você não tem habilidade para cuidar do nosso filho”, afirma a psicóloga. “Como que a gente quer que os filhos se apeguem ao pai, se só a gente tem o domínio?”, questiona.
Outro problema discutido no programa é a questão da licença-paternidade no Brasil. É muito difícil o bebê se apegar ao pai se, enquanto a mãe possui de quatro a seis meses de licença, os pais têm até 20 dias apenas. Com isso, a lei também acaba corroborando com essa cultura de que o filho é responsabilidade da mãe.
Depressão pós-parto
Sandra abordou, ainda, durante o programa, um assunto pouco discutido, mas de extrema importância: a depressão pós-parto. Diferente da fase chamada “Baby Blues”, que se dá nos primeiros dias após o nascimento da crianças e que causa um estranhamento e preocupação na mãe sobre o bebê, a depressão pode se dar um ou dois meses após o parto e vem acompanhada de uma série de sinais.
“Tristeza sem um motivo aparente, choro constante sem motivo, angústia – então a mulher começa a não domir, começa a não comer -, ela se afasta do bebê, e isso vem acompanhado de um sentimento de culpa. A todos esses sintomas é importante que a família e o parceiro fiquem atentos”, alerta a psicóloga.