Uma simples contratação para o time de juniores se tornou uma grande polêmica no Corinthians.
O atacante Juninho, do Sport, estava próximo de um acerto quando torcedores iniciaram uma campanha contra sua chegada. Motivo: ele é acusado de agredir uma ex-namorada no ano passado. Diante da confusão, o clube o ofereceu um contrato de risco, mas ainda estuda se vale realmente o investimento.
Apesar da reação negativa de boa parte da torcida, os dirigentes da base do Corinthians não desistiram do negócio. Nesta quinta-feira, eles terão uma reunião com o presidente Andrés Sanchez para definir se contratam ou não o jogador. Eles estão mais inclinados a acertar com o atleta.
O Estado tentou contato com os familiares do jogador, mas eles não quiseram dar entrevistas. A reportagem apurou que Juninho ficou bastante abalado com a repercussão negativa de sua possível transferência. “Embora ele tenha passado por isso quando foi para o Ceará, no Corinthians criou uma dimensão muito maior”, disse uma pessoa ligada ao atleta.
O Sport divulgou na noite de terça-feira, 7, que acertou o empréstimo do jogador, de 19 anos, até o fim de 2019 para o Corinthians. Nas redes sociais, torcedores protestaram contra a contratação de Juninho, que foi indiciado por agressão, ameaça e injúria contra sua ex-namorada em novembro do ano passado.
O contrato de risco é uma forma de se proteger contra eventuais problemas criados pelo jogador. Caso Juninho faça algo que não seja considerado correto pelo clube, o acordo poderia ser rescindido sem pagamento de multa.
A revolta da torcida corintiana foi potencializada pelo fato de o clube ter divulgado na terça-feira uma mensagem apoiando a Lei Maria da Penha, que completou 12 anos. Poucas horas depois, surgiu a informação do interesse na contratação do atacante.
Na época da suposta agressão, a namorada do atleta, que pediu para não ter o nome divulgado, contou que levou tapas e soco no rosto e puxão no cabelo. Juninho ainda chegou a pegar uma faca e disse que iria matá-la. Após a polêmica, o atleta foi emprestado ao Ceará e fez apenas cinco jogos. Além da agressão, ele também é acusado de atos de indisciplina, como atraso em treinamentos e por se reapresentar fora de forma.