quinta-feira, 24 de outubro de 2024
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Andarilho tem 60% do corpo queimado

O morador de rua Aparecido Longuinho Brito, 46, foi internado em estado grave no Hospital Padre Albino, em Catanduva, depois de ter sido vítima de uma possível tentativa de homicídio,…

O morador de rua Aparecido Longuinho Brito, 46, foi internado em estado grave no Hospital Padre Albino, em Catanduva, depois de ter sido vítima de uma possível tentativa de homicídio, ocorrida na noite de terça-feira. Ele dormia sobre um colchão na calçada, em frente a uma oficina de motos, localizada na Rua Mato Grosso, centro de Votuporanga, quando acordou com o corpo em chamas. As queimaduras de 2.º e 3.º graus, provavelmente provocadas por um líquido inflamável, atingiram 60% de seu corpo.
Acionados por vizinhos que ouviram os gritos da vítima, os bombeiros levaram Brito para a Santa Casa de Votuporanga, de onde ele foi transferido para o Hospital de Catanduva, que possui uma ala especializada para vítima de queimaduras. Uma testemunha ainda relatou à Polícia que teria visto três homens, aparentemente também moradores de rua, próximo ao local do crime.
Diante dos fatos, três indivíduos suspeitos, entre eles um adolescente de 14 anos, foram encontrados na Praça da Matriz pela Polícia Militar e levados para o Plantão Policial, porém, por falta de provas e por negarem o fato, acabaram sendo liberados. O delegado plantonista, também titular da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Votuporanga, Ali Hassan Wanssa, dando prosseguimento à investigação do caso, obteve ontem outras informações, que novamente indicavam como suspeitas as três pessoas ouvidas na noite anterior.
Em depoimentos na delegacia, os dois maiores contaram que o adolescente que os acompanhava, foi quem colocou fogo no colchão de Brito, por causa de uma dívida que havia entre eles. Os moradores de rua ainda disseram que pediram para o garoto não queimar a vítima, mas como estavam todos alcoolizados, não tiveram condições de impedi-lo. O adolescente foi ouvido posteriormente e segundo o delegado, confessou a ação. Ele contou que usou fósforo e uma garrafa de álcool que trazia na cintura para queimar o andarilho.
Depois de esclarecer o fato, Wannsa então fez um pedido de recolha do menor ao juiz da Vara da Infância e Juventude, José Manoel Ferreira Filho, que encaminhou o garoto à cadeia de Votuporanga, onde permanecerá a disposição da justiça. O delegado apurará se os demais andarilhos também tiveram participação no crime. (Colaborou Leliane Petrocelli)

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