Um andarilho foi preso pela Polícia Militar de Votuporanga após tentar extorquir duas balconistas de uma loja no centro de Votuporanga. Ao ter o pedido de dinheiro negado, o homem indicou que poderia assalta-las, o que as assustou. Com ele não foi encontrado nenhum tipo de arma.
De acordo com os policiais militares, o andarilho E.B., 37, já conhecido nos meios policiais com passagem pelo crime de roubo, chegou no estabelecimento comercial localizado na rua São Paulo, por volta das 9h, e pediu dinheiro para as balconistas R.L.S., 21, e L.S.K.S., 17.
Ao receber a resposta das duas que não teriam dinheiro para dar e ele, o andarilho ficou nervoso e perguntou se elas preferiam que ele fizesse como antigamente, quando mandava todos ficarem atrás do balcão e colocasse uma “peça” na cabeça delas, se referindo a um revólver calibre 38, pegando todo o dinheiro que queria.
Ao assistir a cena, outra funcionária da loja pediu ajuda a um comerciante vizinho, que ligou para a Polícia Militar. Ao chegarem no local, os policiais encontraram o andarilho a cerca de 30 metros da loja, e o abordaram. De acordo com o andarilho, ele estava pedindo dinheiro para que pudesse viajar até São José do Rio Preto.
E.B. foi encaminhado para o Plantão Policial Permanente, onde recebeu voz de prisão pelo crime de extorsão. O pedinte então foi levado para a Cadeia de Votuporanga, onde ficará à disposição da Justiça.
Problemas
O grande número de moradores de rua tem incomodado a população de Votuporanga, especialmente os que transitam pela praça da Matriz. Recentemente reuniões foram realizadas entre vários setores da sociedade para tratar do assunto, e algumas medidas chegaram a ser tomadas, mas não surtiram efeito e gerou um impasse nas lideranças que não entram em consenso sobre a solução para o problema.
Segundo informação do Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) de Votuporanga, a população de moradores de rua no município é de aproximadamente 70 pessoas.
Em reunião com vários setores da sociedade no mês passado, o capitão da Polícia Militar, Édson Fávero, também expos o problema. Segundo o PM, viaturas sempre precisam ser deslocadas para resolver problemas que envolvem mendigos, o que acaba atrapalhando os outros trabalhos dos policiais militares.