Com a proximidade do prazo para a instalação da Zona de Processamento de Exportação chegando ao seu limite, a Prefeitura de Fernandópolis revelou ao Jornal Semanário esta semana, as recentes tramitações que envolvem a tão esperada instalação, de fato, da ZPE Paulista em solo fernandopolense.
Segundo o secretário Municipal de Desenvolvimento Sustentável, Claudecir Vergínio dos Santos, a parte burocrática está apenas começando.
“A ZPE exige detalhes a cada dia e a cada momento, sendo tudo a longo prazo”, disse o secretário.Segundo informações do Poder Executivo, até agora, Fernandópolis possui apenas a autorização do Governo Federal para a implantação da ZPE, cujo vencimento da “sanção presidencial” ocorrerá dia 11 de julho.
Restando pouco tempo de prazo para solicitar a prorrogação desta autorização – caso isso não ocorra, a sanção presidencial assinada pela presidente Dilma Rousseff, criando a ZPE de Fernandópolis irá expirar e o processo recomeçar do zero – uma “união”, até pouco tempo tida como impossível, está ocorrendo.
Aliado de Luiz Vilar, o ex-assessor e ex-secretário da FEF quando Vilar presidia a Fundação, o professor José Ataides Nunes, atual presidente da AZPEF – Associação da ZPE de Fernandópolis, está trabalhando em conjunto com a Prefeitura para formatar um novo projeto, solicitando a renovação do prazo para implantação da Zona de Processamento na cidade.
Relatórios esclarecendo os motivos da solicitação da prorrogação, que depende ainda de um conselho de ministros em Brasília, serão elaborados conjuntamente, unindo duas alas que duelaram arduamente pelo comando do Executivo municipal nas eleições do ano passado.
Correndo contra o tempo, uma comissão, formada pela prefeita Ana Bim, pelo secretário Claudecir dos Santos e o professor Ataides, irá junta à Brasília, em viagem que tem de ocorrer até o próximo dia 11 de julho, data que finda o atual prazo limite para início da ZPE.
A confirmação desta união improvável acontece na mesma semana em que uma carta de intenção da compra da área da ZPE foi assinada por investidores ligados à Di Crivelli, empresa de Bauru que adquiriu as ações – cerca de 5 mil – que formam a ZPE.
Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, esta transação empresarial ainda não teve valor definido. A Prefeitura ainda informou que representantes do Governo Federal estiveram em Fernandópolis na última quarta-feira, dia 26, e quinta-feira, 27, para uma visita técnica de acompanhamento da implantação da ZPE, quando realizaram uma série de reuniões.
O primeiro encontro foi entre a prefeita Ana Bim, secretários municipais, representantes do Grupo Arakaki, presidente da Câmara, representantes da empresa Di Crivelli, empresa administradora AZPEF e Associação de Amigos, e o segundo, entre prefeita Ana Bim, presidente da Câmara, vereadores e secretários municipais.
“Temos que contar com investimentos para implantarmos a ZPE, mas também temos que estar preparados para administrar um projeto tão grandioso e complexo como esse, por isso já estamos em contato para contarmos com uma Unidade Técnica do SESI, uma Faculdade Federal, e já iniciamos o projeto para implantação do Anel Viário, que passará ao lado da ZPE. Temos que atuar unidos, agora não é momento de sigla partidária, deste ou daquele grupo político, é hora de Fernandópolis, de fato, crescer e se desenvolver”, concluiu o secretário Municipal Claudecir dos Santos, em entrevista ao Semanário.